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Votação pode avançar pelo recesso, diz Pacheco

2017-07-06 01:30:00

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), disse que é possível que a conclusão da apreciação da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) aconteça antes do recesso, mas que isso vai depender da dinâmica do processo. “Se for necessário avançar pelo recesso, que seja”, declarou.


Pacheco disse que não se opõe à suspensão do recesso parlamentar. “Especialmente se chegarmos a um patamar do procedimento em que esteja quase pronto de ser definido, talvez valha a pena o sacrifício de uma semana do recesso”, complementou. Se a denúncia não for votada na CCJ antes do início do recesso, a partir de 18 de julho, Pacheco lembrou que o assunto ficará para agosto.


O presidente da comissão se mostrou contra a realização de sessões noturnas ou durante a madrugada, como aconteceu na comissão especial que analisou a admissibilidade do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara. “O que nós não gostaríamos é de avançar madrugada adentro. Votações de madrugada não são recomendáveis”, observou.


Enquanto isso, o governo busca votos contrários à admissibilidade da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), em articulação com os partidos, inclusive buscando modificar a composição da CCJ. O Solidariedade, por exemplo, voltou a mexer na representação da bancada no colegiado.


No dia 26 de junho, a secretaria da comissão tomou conhecimento da retirada de Major Olímpio (SD-SP) da titularidade para dar espaço ao líder da bancada, Áureo (RJ). Olímpio, ferrenho opositor do governo, foi colocado na suplência. Hoje, Áureo deixou a vaga de titular e indicou Laércio Oliveira (SD-SE), reconhecido governista. (das agências de notícias)

 

Adriano Nogueira

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