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Juiz federal rejeita novo pedido de prisão contra Geddel

2017-07-14 01:30:00
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O juiz titular da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, Vallisney Oliveira, rejeitou um novo pedido de prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima que o Ministério Público Federal apresentou após o peemedebista ter a soltura determinada no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

[SAIBAMAIS]

Ontem, um dia após a decisão do desembargador Ney Bello, do TRF-1, pela soltura de Geddel, os procuradores Anselmo Lopes e Sara Moreira Leite haviam voltado a pedir a prisão, alegando que novos elementos colhidos na investigação mostram que Geddel cometeu os crimes de exploração de prestígio e tentou embaraçar às investigações.


Os procuradores se basearam nos depoimento do corretor Lúcio Funaro e de sua esposa, Raquel Pitta. Os dois detalharam os contatos feitos pelo ex-ministro.


Ao decidir sobre o pedido, Vallisney de Oliveira disse que o desembargador Ney Bello já havia analisado o depoimento da mulher de Lúcio Funaro, Raquel Pitta.


Assim, segundo Vallisney, uma “nova prisão cautelar, em exame a priori, afronta decisão do TRF-1”. Fazendo também uma avaliação própria sobre o pedido, Vallisney afirmou que “os fatos apresentados pelo Ministério Público não são novos e, sim, fazem parte do contexto que levaram à concessão do habeas corpus”.


Também ontem, o desembargador do TRF-1 determinou que o ex-ministro Geddel Vieira Lima fosse liberado da Penitenciária da Papuda mesmo sem tornozeleira eletrônica, diante da ausência do equipamento de monitoramento em Brasília. Geddel ficará em prisão domiciliar em Salvador.


Moro

Na sentença em que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o juiz federal Sergio Moro reafirmou que pode “eventualmente” ter errado no levantamento do sigilo dos grampos que pegaram o petista e sua sucessora, Dilma, em conversas pelo telefone em março de 2016.

 

Na ocasião, Lula já era alvo de investigação da Operação Alethea, desdobramento da Lava Jato que o conduziu coercitivamente para depor na Polícia

Federal.Os grampos pegaram Lula e Dilma acertando a nomeação do ex-presidente para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil com o objetivo de conferir ao petista foro privilegiado, livrando-o das mãos de Moro. (Agência Estado)

 

Saiba mais


Ligações

O doleiro Lucio Funaro e sua esposa detalharam também os contatos feitos pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima. De acordo com laudo da Polícia Federal realizado no celular da esposa, Geddel ligou ao menos 16 vezes para a esposa de Funaro entre os dias 13 de maio de 2017 e 1º de junho de 2017.

 

“Tal constatação indica, de forma segura, a tentativa e, em certas ocasiões, o efetivo contato entre o investigado Geddel Vieira Lima e a esposa do também investigado (e réu) Lucio Funaro.”


“Indica, outrossim, não uma pressão esporádica exercida pelo investigado Geddel sobre a esposa do também investigado Lúcio Funaro, mas sim uma atividade de monitoramento diário sobre o humor e a intenção de colaboração deste último”, afirma o MPF.

 

Adriano Nogueira

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