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Para Camilo, Cid, Ciro e RC, Tasso é a melhor opção

2017-06-05 01:30:00
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Um dos nomes postos para disputar as eleições indiretas caso o presidente Michel Temer (PMDB) deixe o cargo, o senador Tasso Jereissati (PSDB) tem ganhado força no Estado até entre seus adversários. Apesar de afirmarem que ele tem perfil “conservador” e “reacionário”, os ex-governadores Cid e Ciro Gomes acreditam que “honradez” e “seriedade” do tucano o tornam a melhor opção caso não ocorram as diretas.

[SAIBAMAIS]

“O raciocínio é muito óbvio: nosso lado não há a menor chance de sair um quadro, então será do lado de lá. O lado de lá é todo reacionário e golpista, e a maioria ainda é pilantra. Aí você tem o Tasso, que é reacionário e golpista, mas é homem sério, experiente”, afirma Ciro Gomes. “Ele é disparado a pessoa que mais tem dotes morais e respeitabilidade para governar o País, é só isso que eu estou falando, não é nenhuma simpatia, que eu também tenho”.

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O ex-ministro duvida, porém, que o tucano tenha chances de vencer a disputa. Segundo ele, se vier a ocorrer uma eleição indireta, quem vencerá será o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ciro também explica que acompanha decisão do PDT de apoiar as diretas, mas “acha difícil que aconteça”.

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Já Cid afirmou que “não sabe quem serão os candidatos”, mas que “jamais falaria uma palavra contra uma eventual candidatura do Tasso”, embora acredite que, por ser um “conservador”, o tucano não resolveria o problema econômico do Brasil. “Acho ele um homem digno, que certamente inovaria nesse aspecto, a gente teria um marco de dignidade e honradez que o Tasso representa”, disse.

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O ex-governador, porém, pondera: “Se ele for candidato, não sei quem são os outros, mas torceria por ele, embora não considere o ideal. O ideal para presidir o Brasil é Ciro Gomes”. As declarações foram dadas em evento da demarcação do Parque do Cocó, realizado na manhã de ontem.


Na ocasião, o governador Camilo Santana (PT) voltou a dizer que Presidência do Tasso “seria bom para o Ceará”, mas afirmou que “nunca defendeu eleição indireta” e que vai seguir orientação do partido nacional, consolidada no último sábado, 3, de que todas as lideranças devem apoiar as diretas.


“Eu nunca defendi eleição indireta, (...) o que eu disse é que caso houvesse uma eleição indireta, se os nomes fossem de dentro do Congresso, o nome do Tasso é respeitado e seria muito bom pro Ceará”, explicou. É o que defende também o prefeito Roberto Cláudio (PDT), que afirmou que “o Tasso representa valores muito importantes que dão a ele o crédito para ser presidente”, mas que prefere as eleições diretas.


O senador, que iria receber uma comenda no evento, não compareceu e enviou o empresário Assis Machado no seu lugar. Questionada sobre o motivo, a assessoria de imprensa do senador não deu explicações.


Ciro e Cid Gomes estão rompidos com Tasso Jereissati desde 2010, quando os irmãos decidiram não apoiar a reeleição do tucano para o Senado, preferindo a dobradinha entre Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT), que acabaram vitoriosos. Aliados de Tasso avaliaram o episódio como uma grave traição, já que os Ferreira Gomes foram alçados na carreira política graças ao apoio do ex-governador.

 

Bastidores


Aliados prepararam uma surpresa para o governador, que fez aniversário no último sábado, 3: levaram um bolo e, após o evento, cantaram parabéns para Camilo Santana.


Insatisfeito com o PT, deputado José Airton participou do evento, ao lado de Camilo e de sua mulher, Onélia Santana. Em entrevista, afirmou que recebeu convite para ir ao PSB e chegou a conversar com a sigla, mas que só deve tomar decisão no fim do ano.

Letícia Alves

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