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Julgamento sobre delação da JBS é adiado novamente no STF

2017-06-29 01:30:00

Nove dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já confirmaram a validade das delações premiadas de executivos da JBS na Operação Lava Jato e decidiram pela manutenção do ministro Edson Fachin como relator do caso. O único voto divergente até agora é o do ministro Gilmar Mendes – que, em um longo voto proferido ontem, fez críticas duras à atuação da Procuradoria-Geral da República (PGR). A votação, que havia começado na semana passada, foi retomada ontem, mas não foi concluída, após novo adiamento. Falta o voto da presidente da Corte, Carmen Lúcia, que só se manifestará na sessão de hoje.


Na semana passada, sete ministros já haviam votado, todos a favor das atuais regras de delação premiada. Ontem, outros dois acompanharam a maioria: Marco Aurélio Mello e Celso de Mello.


Por 9 votos a 1, portanto, o STF concordou em manter os benefícios concedidos aos executivos da JBS em troca da colaboração com as investigações. Os ministros consideraram, no entanto, a possibilidade de revisão dos benefícios aos delatores no momento em que o STF for dar a sentença aos políticos acusados. A dúvida é se tal revisão pode ocorrer somente se os delatores não cumprirem o acordo combinado com a PGR ou se, no fim das contas, for verificado que as informações fornecidas não tenham sido eficazes. (das agências)

Adriano Nogueira

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