Em ano envolto por crise política e escândalos de corrupção, o Ceará celebrou, ontem, o Dia da Educação Fiscal. Para especialistas, o momento dá ainda mais relevância à orientação dos “direitos e deveres do cidadão” e importância da contribuição.

O assunto também foi tema de Seminário da Secretaria da Fazenda (Sefaz) em Aquiraz, ontem pela manhã, na Secretaria de Finanças do município. Coordenador da Célula de Educação Fiscal e Responsabilidade Socioambiental (Ceduf) da Sefaz, Argemiro Torres acredita que “nunca se precisou tanto de educação fiscal como hoje”.

“Ninguém se motiva a pagar impostos, porque acha que tudo vai pra corrupção. Mas o imposto que você deixa de pagar é dinheiro que pode não chegar a serviços que muitos precisam – como numa UTI, por exemplo”, avalia Torres.

Para o economista Alexandre Cialdine, diretor-executivo do Sindicato dos Fazendários do Ceará (Sintaf), é “nesse momento de turbulência generalizada” e “falta de credibilidade nos poderes” que “a gente precisa muito mais do exercício de fiscalização cidadã”.

“É exatamente a partir daí que precisamos ter um exercício de cidadania diferente. Se alimentarmos esse círculo vicioso, a situação tende a piorar. É preciso reconhecimento do que existe na minha cidade, do que cabe a minha obrigatoriedade?” (Daniel Duarte)