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Lava Jato une candidatos à sucessão de Janot

2017-05-30 01:30:00

Os oito candidatos à sucessão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, são tachativos. Caso eleitos, manterão preservada integralmente a Operação Lava Jato. Mudanças serão feitas apenas para reforçar as equipes que deflagraram a maior ação contra a corrupção já feita no País. O compromisso foi feito durante o primeiro debate promovido pela Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) para formação da lista tríplice para o cargo de procurador-geral da República ontem.


No final de junho, mais de 1.200 membros do Ministério Público Federal votarão em três dos oito candidatos. Concorrem à chefia do Ministério Público Federal os subprocuradores-gerais Carlos Frederico Santos, Eitel Santiago de Brito Pereira, Ela Wiecko Volkmer de Castilho, Franklin Rodrigues da Costa, Mario Luiz Bonsaglia, Nicolao Dino, Raquel Elias Ferreira Dodge e Sandra Verônica Cureau.


Sete candidatos participaram em São Paulo do primeiro debate, que durou mais de três horas. Além da Lava Jato, os procuradores trataram de questões relativas ao Ministério Público Federal, como orçamento e previdência, e também sobre a relação institucional que um procurador-geral da República deve ter com os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.


O encontro foi o primeiro antes da disputa pela lista tríplice que será enviada ao presidente Michel Temer (PMDB). Por problemas pessoais, Ela Wiecko não participou do encontro, mas enviou um vídeo a seus pares com um pronunciamento.


Mario Bonsaglia, segundo colocado na última lista tríplice - Rodrigo Janot ficou em primeiro -, em 2015, apontou “enormes desafios” e afirmou que, caso seja eleito, “antes de mais nada” vai garantir a continuidade da Lava Jato. “Manterei todo o apoio à força-tarefa de Curitiba e às outras forças-tarefas relacionadas e também manterei e reforçarei o grupo que atua na PGR em apoio ao procurador-geral nos casos de foro privilegiado”, declarou.

Adriano Nogueira

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