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Janot diz que delação é "muito maior que os áudios"

2017-05-24 01:30:00

Em primeira manifestação desde que veio à tona a delação da JBS, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu em artigo o acordo firmado com os irmãos Batista. Janot aponta que a delação é “muito maior que os áudios questionados”, justifica a concessão de imunidade penal aos delatores - que não serão denunciados pelos crimes que revelaram no acordo - e diz estar “convicto” de que tomou a decisão correta.


Desde a semana passada, os benefícios concedidos aos delatores têm sido alvo de crítica e o áudio gravado pelo empresário Joesley Batista em conversa com o presidente Michel Temer, vem sendo questionado. A defesa aponta suposta alteração da gravação, que foi submetida à PF para realização de perícia. Na mira das críticas, Janot publicou um texto no portal UOL.


Quase simultaneamente à reação de Janot, a defesa do presidente Michel Temer informou que vai pedir a separação do inquérito que investiga o peemedebista e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). “Eu acho que não há conexão fática nem probatória entre a questão que envolve o Aécio e que envolve o presidente”, disse o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado do presidente. Ele também estuda questionar a “prevenção” do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, de conduzir o caso. Fachin homologou a delação da JBS, autorizou ações controladas pela PF e PGR e abriu o inquérito contra Temer. (AE)

Adriano Nogueira

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