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PSB fecha questão contra reformas de Michel Temer

2017-04-25 01:30:00
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A comissão especial que vai discutir a reforma da Previdência inicia os primeiros embates entre os parlamentares na sessão de hoje com previsão de ir a plenário no dia 8 de maio.


Com as pautas polêmicas, entretanto, o governo ganhou uma baixa. O PSB, que é da base governista, fechou questão contra as reformas trabalhista e previdenciária. Com 35 votos na Câmara, a legenda colocou o ministério de Minas e Energia à disposição do governo.


Presidente da legenda no Ceará, o deputado Danilo Forte (PSB) defende que o partido apresente uma proposta ao invés de simplesmente “dizer o não pelo não”. “Eu sou contra dizer o não pelo não. Não vamos ficar com a posição do PT e do PCdoB só para negar. Se tivesse uma proposta nossa organizada e preparada para ser um substitutivo, até poderia fechar questão em função de se aprovar um projeto do PSB. Mas o partido não tem um projeto fechado”, defendeu.


De acordo com o parlamentar cearense, a liderança do partido na Câmara vai reunir a bancada ainda hoje para rediscutir o fechamento de questão.


Mesmo com a baixa, presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que pretende concluir a votação da reforma trabalhista até esta quinta-feira, 27. A base aliada, no entanto, precisa antes votar o texto da Medida Provisória (MP) 752/16, que está trancando a pauta. O texto trata de novas regras para a prorrogação e relicitação de contratos de concessão.


O plano seria votar a MP ontem para agilizar a votação da reforma, mas o baixo quórum acabou gerando o cancelamento da sessão extraordinária. O trancamento da pauta pode acabar atrasando a previsão de Maia. Para Danilo Forte, da base do governo, um possível adiamento não causaria dano.


“Não é surpreendente ela ser adiada, não muda nada. Até porque ela ainda vai passar por um processo no Senado para ser votada de forma conclusiva”, disse. A MP, que não está prevista na pauta de hoje, pode ser votada a qualquer momento. (Wagner Mendes - wagnermendes@opovo.com.br)

 

NÚMEROS


35

deputados do PSB podem deixar de apoiar o governo nas duas reformas


Saiba mais


A reforma trabalhista é um projeto de lei, e por isso precisa dos votos da maioria simples para aprovação na Câmara dos Deputados.


Já a reforma da Previdência, como se trata de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), as Casas precisam votar na matéria por maioria qualificada, ou seja, dois terços, para a aprovação do texto.


O presidente Michel Temer (PMDB), anunciou ontem que deverá exonerar pelo menos 15 ministros que são deputados para votar nas reformas de interesse do Palácio do Planalto no Congresso Nacional. Temer, no entanto, nega que a medida mostre fragilidade do governo na apreciação as pautas impopulares.

 

Adriano Nogueira

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