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Greve da Polícia Civil do Rio continua, apesar de proibição

2017-04-06 01:30:00
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A greve da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que dura mais de dois meses, continua apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) anunciada ontem de proibir greve de servidores públicos da área de segurança pública. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro (Sinpol), Fernando Bandeira, a decisão do Supremo não interfere na paralisação, pois os policiais estão trabalhando parcialmente.


“A greve continua normalmente, pois não estamos deixando de fazer os serviços essenciais, com cerca de 40% do efetivo segurando os problemas mais graves”, disse Bandeira. “O Supremo deveria obrigar o governo a pagar nossos salários atrasados, nosso décimo terceiro salário, as horas excedentes do ano passado que não foram pagas, punir os governantes que não cumprem seus compromissos”.


Com a nova determinação do Supremo, além dos policiais militares que já eram proibidos pela Constituição de fazer greve, agora policiais federais, policiais rodoviários federais, policiais ferroviários federais, bombeiros e policiais civis. No Rio de Janeiro, a Polícia Civil está em greve há mais de 60 dias.


Segundo Bandeira, além dos salários atrasados, as condições de segurança e higiene no trabalho são motivos de preocupação e receio para a categoria, devido à falta de manutenção de armas e viaturas e de pagamento de empresas terceirizadas que fazem a limpeza dos edifícios da corporação. “As delegacias estão sujas, porque o pessoal da limpeza não está sendo pago e muitos não estão indo trabalhar. O pessoal com curso superior que fazem o primeiro contato, que também é terceirizado, também não está recebendo e muitos não têm ido trabalhar”.


De acordo com o sindicato, o estado do Rio tem 10 mil policiais civis na ativa, sem contar os licenciados e de férias. Ainda segundo o sindicato, o efetivo apropriado deveria ser de cerca de 23 mil. (Agência Brasil)

Adriano Nogueira

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