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Temer busca estratégias jurídicas para adiar o caso

2017-03-29 01:30:00

Agências de notícias de Brasília informam que assessores do presidente Michel Temer teriam admitido que equipe de defesa estaria pensando em ações para adiar o desfecho do julgamento da cassação da chapa PT-PMDB, que começa na próxima semana, 4 de abril.


Caso ele seja cassado, a ideia é que a defesa entre com recursos no próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde será julgado o caso, e no Supremo Tribunal Federal. Dessa forma, o processo poderia se arrastar por meses, sendo concluído às vésperas das eleições de 2018.


De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, um assessor presidencial teria dito que ”crescerá a pressão sobre o Poder Judiciário para que não casse o presidente" se o fim do caso se estender demais. Eles se confiam de que os ministros estariam cientes de que processo causaria nova instabilidade política.


Com a data do julgamento marcada, uma das estratégia do governo, que seria colocar aliados na Corte Eleitoral para evitar cassação, perde força. Mesmo que os ministros que estão prestes a deixar o TSE saiam antes do fim do julgamento, eles ainda terão direito a voto por terem começado a analisar o processo.


A defesa do presidente tem insistido para tentar desvincular a pena, caso haja condenação da chapa. Eles alegam que, enquanto vice-presidente, ele não sabia de nenhum tipo de irregularidade. Delatores da Odebrecht, no entanto, apontam que ele sabia das operações.

 

Adriano Nogueira

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