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Pelo menos cem escolas param em protesto contra as reformas

2017-03-16 01:30:00

Foi com salas vazias que alunos e professores de escolas públicas protestaram ontem contra as reformas trabalhista e da Previdência. Instituições de ensino do Ceará paralisaram as atividades total ou parcialmente. Conforme a Associação dos Professores de Estabelecimentos Oficiais do Ceará (Apeoc), cerca de 100 escolas participaram do ato em cidades como Fortaleza, Morada Nova, Caucaia, Barbalha, Juazeiro, Maranguape, São Miguel, Russas, Tabuleiro do Norte e Iguatu.


Na Escola Adauto Bezerra, na Capital, todos os professores participaram da manifestação. Só a administração funcionou. “Não é uma paralisação. Hoje é um dia de luta”, resumiu o diretor, Otacílio Bessa. Segundo ele, educadores discutiram a paralisação entre eles e com alunos. E, em votação, os profissionais decidiram pela paralisação total. Os estudantes também foram convidados a participar do ato na Praça Clóvis Beviláqua.


Os pais foram avisados sobre os motivos da paralisação. “Esse assunto não é somente dos professores, é também dos pais e dos estudantes, que daqui a alguns anos serão trabalhadores também”, disse Bessa. A escola tem cerca de dois mil alunos e 100 professores.


A adesão também foi total para os 1,1 mil estudantes do Liceu do Ceará, na Jacarecanga. As atividades nos três turnos foram suspensas.


A rotina no Colégio Jenny Gomes, no Aeroporto, também mudou. Professores do 1° e 2° ano do ensino médio suspenderam as atividades. A estimativa é de que cerca de 200 alunos participaram do protesto. Segundo a coordenadora pedagógica, Neila Noronha, as aulas aconteceram para alunos do 1° ano de ensino médio. (Igor Cavalcante)

Adriano Nogueira

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