"Esse (atual) sistema está falido", diz Toffoli
Ontem em Brasília, em um seminário sobre sistemas eleitorais, líderes políticos e do Judiciário voltaram a defender mudanças. O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal e ex-presidente do TSE, disse que o sistema brasileiro "está falido". Ele defendeu o modelo de lista fechada como um "teste provisório".
"Esse (atual) sistema está falido. Ele leva à possibilidade de compra de votos, a uma fragmentação política cada vez maior no sentido de um maior número de partidos sendo criados, isso leva a um governo de cooptação, e não de coalização. Temos de repensar e mudar esse sistema o quanto antes."
O relator da comissão da reforma política na Câmara, Vicente Cândido (PT-SP), disse que deve apresentar relatório em 4 de abril, propondo lista fechada nas eleições de 2018 e 2022, para uma transição. "É fortalecer os partidos e acreditar que não há democracia sem partido político", disse.
Maia e Eunício, alvos da Lava Jato, reafirmaram ser a favor de mudanças. "Estamos abertos e com disposição de alterar, se possível, as leis até setembro, um ano antes (das próximas eleições), como determina a lei", disse o presidente do Senado no evento.
"Espero que a gente possa ter um novo sistema eleitoral para o Brasil em 2018",
afirmou Maia.
Adriano Nogueira