Depoimento é praxe e já estava previsto, diz senador
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou, por meio de assessoria de imprensa, que pedidos de prorrogação de prazo em procedimentos investigatórios são rotina.
"A oitiva do senador, como é praxe, está prevista desde o início do procedimento", diz nota enviada por sua equipe.
O texto acrescenta que as novas diligências não guardam relação com o senador, "uma vez que se referem apenas à solicitação de cópias de documentos da empresa e oitivas de membros do PT".
A assessoria disse ainda que o senador "é o maior interessado na realização das investigações porque seu aprofundamento provará a absoluta correção de seus atos".
Por sua vez, o advogado de Dimas Fabiano Toledo, Rogério Marcolini, divulgou nota afirmando que o ex-diretor de Furnas já foi inquirido pela Polícia Federal "pelo menos meia dezena de vezes" nos últimos dez anos e que "sempre foi absolutamente coerente ao narrar os fatos como aconteceram".
"O senhor Fernando Moura, nas poucas vezes em que foi ouvido, já emendou sua versão diversas vezes, o que levou o próprio juiz federal condutor da Lava Jato a pôr em dúvida a sinceridade de sua delação", disse Marcolini. Segundo ele, a "acareação realizada de surpresa foi a oportunidade para Toledo mais uma vez reiterar a veracidade do seu testemunho".
O criminalista Luis Alexandre Rassi, que defende Silvio Pereira, diz que ainda não conversou com seu cliente sobre o caso, mas que a defesa.
Adriano Nogueira