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Baixa adesão marca ato em Fortaleza com pauta da direita

2017-03-27 01:30:00
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Em sinalização de continuidade de atos de rua, movimentos que protagonizaram protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff promoveram, ontem, na Praça Portugal, manifestação em defesa de pautas da direita, em conjunto com ato nacional. De acordo com a organização, cerca de mil pessoas estiveram presentes. A Polícia Militar não divulgou estimativa.

 

O coordenador do movimento Direita Ceará, Heitor Freire, justificou que a baixa adesão se deveu “também pela chuva”, que ameaçou aparecer do céu nublado da tarde de Fortaleza. “Pensamos até em cancelar o evento. Mas o resultado foi positivo e ficamos satisfeitos. As pautas foram todas alinhadas com os movimentos nacionais”, diz ele.


Segundo ele, as manifestações que haviam cessado desde o impeachment de Dilma, e que tiveram término decretado por líderes do movimento Frente Cearense pelo Impeachment, diferem da promovida pelo Direita Ceará, que “não parou”.


“Depois do impeachment, o movimento, que é de direita conservadora, se formalizou, em defesa de pautas da direita, na qual inclui apoio à operação Lava Jato, fim do foro privilegiado e a revogação do Estatuto do Desarmamento”, explica Freire.


Durante o ato, que se iniciou às 16 horas e durou uma hora e meia, líderes de movimentos se revezaram para dar voz, no carro de som, às pautas do ato


Presente à manifestação, o deputado federal Cabo Sabino afirmou que “é fundamental” que os atos continuem, para “criar hábito das pessoas irem para às ruas”, especialmente em momento em que o País “está passando por cinco reformas simultaneamente”.


“Uma já foi aprovada e vai atingir a vida do povo brasileiro. Temos a reforma da Previdência em curso, a reforma tributária, e temos para tramitar a reforma política, com a questão de lista fechada, que vai simplesmente tirar o direito do cidadão de votar. As pessoas não estão despertando para isso. Estão assistindo”, disse o parlamentar.

 

Chacina do Curió

Ao final, houve ainda discurso em defesa de policias presos investigados na chacina do Curió. No carro de som, Heitor Freire lembrou os policiais presos como “nossos guerreiros”.

 

“Nós queremos justiça. Não inocentes presos. Basicamente, são 44 policiais presos, e até o momento a Justiça não se manifestou. Que ela julgue quem tem crime e, quem não tem, que se providencie o alvará de soltura e dê liberdade a todos eles”, disse o coordenador do ato.

Daniel Duarte

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