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Ação contra chapa Dilma-Temer é liberada para julgamento

2017-03-28 01:30:00

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin liberou ontem para julgamento a ação em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer, que disputou as eleições presidenciais de 2014. Com a decisão, a ação poderá ser julgada a partir da semana que vem, mas caberá ao presidente do tribunal, Gilmar Mendes, marcar a data. Herman é o relator do processo.


A última etapa do processo foi concluída na tarde de ontem pelo relator, que enviou aos demais integrantes do colegiado o relatório final. Ao concluir o processo, Herman pediu a Gilmar Mendes que inclua o processo imediatamente na pauta, conforme prevê a Lei de Inelegibilidade.


No relatório, que é mantido em sigilo pelo relator, há uma síntese sobre a fase de coleta de provas, entre as quais os depoimentos de delação premiada de ex-executivos da empreiteira Odebrecht, que citaram supostos pagamentos irregulares para a campanha presidencial.


Apesar do processo de impeachment da presidente Dilma, a ação prosseguiu porque os dois integrantes da chapa podem ficar inelegíveis por oito anos se o TSE entender pela cassação do resultado da eleição de 2014. O TSE é formado por sete ministros, dois oriundos do STF, Gilmar Mendes e Luiz Fux; dois do STJ, Herman Benjamin e Napoleão Nunes Maia Filho; e dois da advocacia, Luciana Lóssio e Henrique Neves.


Nos próximos dois meses, termina o mandato de Neves e Luciana, que serão substituídos. O STF já indicou para ocupar a vaga de Henrique Neves o nome de três advogados. Fazem parte da lista tríplice elaborada pelo STF os advogados Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira, que já atuam como substitutos no TSE, e Sérgio Silveira Banhos. Gonzaga foi o mais votado da lista, com oito votos. Caberá a Temer fazer a indicação.


Em dezembro de 2014, as contas da campanha de Dilma de seu companheiro de chapa, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas no TSE. No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB questionou a aprovação, por entender que há irregularidades nas prestações de contas apresentadas por Dilma, que teria recebido recursos do esquema de corrupção investigado na Lava Jato. A prestação contábil da presidente e do vice-presidente é julgada em conjunto. (ABr)

Adriano Nogueira

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