Muito se fala sobre minimalismo e consumo consciente. O que você faz para ter um guarda-roupa eficiente, com menos peças e mais possibilidades? Como gastar pouco e ainda assim renovar as roupas com frequência? As respostas para estas perguntas - seja para quem quer se livrar do excesso ou para aqueles que querem estar em constante mudança - está nos bazares.

Seja para quem organiza ou frequenta, estes eventos têm uma ferramenta de troca inteligente. Para uns, a roupa é recomeço e, para outros, o fim de um ciclo. No meio disso, entra em jogo a economia financeira e, no cenário atual, a empatia. Isso porque influenciadoras e experts em moda têm priorizado organizar bazares beneficentes com a renda total (ou parte dela) revertida para instituições de caridade.

Neste final de semana, por exemplo, as amigas Viviane Almada, Marcella Feitosa, Carol Yamazaki e Giuliana Botelho realizam o bazar das MaxiAmigas, que começou ontem e segue até hoje no restaurante Bang's Aldeota. Por lá, roupas, bijuterias, sapatos e acessórios de marcas e estilos variados somam mais de duas mil peças e prometem estar por preços a partir de R$20. A entrada custa um quilo de alimento não perecível, que será doado para o Instituto Céu no Sertão e a Acold, bem como parte do valor arrecadado.

"É a primeira edição que fazemos e já conversamos sobre isso faz uns dois anos. Acho que nós somos um caso em particular, já que para nenhuma de nós é muito doloroso desapegar das peças. Eu sempre tive o costume de doar tudo meu, até mesmo para pessoas próximas. Não é um processo ruim, já está mesmo na nossa essência essa coisa que querer passar para frente e desocupar espaço. Acho importante. O bazar é bom para nós, para quem compra e para a instituição que queremos ajudar. Todo mundo sai ganhando", explica Viviane.

A empresária também pontua o sentimento de liberdade que há em se desprender dos excessos e, de quebra, ter empatia com o outro. "É muito prazeroso fazer o bem. Eu realmente espero que isso se torne comum, essa questão do bazar beneficente, que seja uma iniciativa de todo mundo que pensa em fazer bazar. É uma troca necessária em todos os sentidos", conta ela.

Outro exemplo recente esteve na última edição no Bazar La Boutique, que aconteceu há pouco mais de um mês. O evento, no Centro de Eventos do Ceará, beneficiou pela terceira vez a Edisca, organização não governamental sem fins lucrativos, que promove o desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens por meio de uma educação interdimensional com centralidade na arte. A Instituição teve um estande próprio e toda a verba arrecadada revertida para ações internas da organização.

Nessa mesma direção, nas últimas edições da CasaCor Ceará, influenciadoras como Thyane Dantas e a colunista do O POVO Roberta Fontelles reuniram peças de roupas, sapatos e acessórios para o Bazar da Embaixadora, em prol da Santa Casa. A ideia é selecionar peças em bom estado, usadas poucas vezes, e reverter o valor total das vendas para a instituição. Neste ano, o bazar ainda não foi confirmado no formato das últimas vezes. "Estamos pensando em outras ações, mas também no segmento e em prol da Santa Casa", confirma a diretora da Casa Cor Ceará, Neuma Figueiredo.

 

Clique na imagem para abrir a galeria