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O Dever de casa

2017-05-18 01:30:00
ENFEITE, RAUL!

E olha que o Givanildo falou da importância de ganhar os jogos dentro de casa. Mesmo assim não deu. Teve gosto de derrota o empate contra o Boa de Minas na última terça feira. A falha dos atacantes alvinegros durante o campeonato estadual reaparece na Série B.


A defesa e o meio-campo trocam bons passes na construção da jogada, o que lhes dá a posse da bola por um tempo maior, mas quando chegam ao terço final do campo a equipe se atrapalha e não consegue vislumbrar a melhor opção para uma finalização.


Cento e oitenta minutos e nem um golzinho. Magno Alves, a maior estrela alvinegra e artilheiro da equipe não vem passando por boa fase, e como não é nenhum garoto vai sofrer enfrentando essa maratona de jogos e viagens que fazem a rotina do campeonato.


As atividades do jogador devem ser controladas pelo departamento médico, preparadores físicos e fisiologistas. Portanto, Magno deverá ser poupado em muitas ocasiões e aproveitado quando realmente tiver espantado essa tristeza que o deixa cabisbaixo dentro do campo.


De todos os contratados, quem vem caindo nas graças do torcedor é o atacante Roberto. Habilidoso e veloz, jogando sempre no sentido vertical do campo. Essa série de qualidades físicas e técnicas fazem desse jogador a esperança de dias melhores para os alvinegros.


Foi dos pés de Roberto que saiu o passe para a jogada mais bonita. Lançado por ele, Raul penetrou pelo meio e pressentindo o quique da bola e a aproximação do adversário aplicou-lhe um lençol com o peito. Entrou na área, ameaçou chutar, e com o pé esquerdo deu um drible para dentro.


Com o adversário esparramado nos seus pés e o goleiro saindo para diminuir o ângulo, Raul levantou a cabeça e colocou com a parte interna do pé, à meia altura, no lado esquerdo do goleiro. O goleiro voou, mas caprichosamente a bola tirou um fino da trave e saiu pela linha de fundo.


Se a bola entra, os comentaristas de resultados teriam dado dez a Raul no dever de casa. Como a bola não entrou, dizem que ele enfeitou demais. Enfeite, Raul! Vejo jogos todos os dias de todo canto do mundo. A jogada que você fez está entre as cinco mais bonitas que vi este ano.


Se a bola entra, os comentaristas de resultados teriam dado dez a Raul no dever de casa. Como a bola não entrou, dizem que ele enfeitou demais. Enfeite, Raul!

 

Por Sergio Redes

Sérgio Redes

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