A economia cearense respira.

Os números do Banco Central relativos a setembro comprovam os indicadores de recuperação do comércio após um período de estagnação (ver tabela).

O saldo das operações de crédito do BC registrou um total de R$ 66,4 bilhões em setembro, o que representa um crescimento nominal de 2,4% em relação ao mesmo período em 2016. Na época, o saldo chegou a R$ 64,8 bilhões.

Essa melhora deveu-se muito aos comportamento das pessoas físicas. Houve no período uma maior demanda por crédito voltado para o consumo e para ajustes no orçamento familiar, com um aumento de 5,4%.

Já no caso das pessoas jurídicas, responsáveis pelo direcionamento de recursos para a produção, não ocorreu melhora no saldo de crédito, mas uma queda de 0,9% nos estoques.

O economista Allisson Martins explica que, nos contextos nacional e local, indicadores como inflação e taxa de juros desenham um quadro de recuperação da atividade econômica. Dentro deste cenário, o crédito começa a ser sensibilizado e os números comprovam essa evolução.

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CENÁRIO 1

CRESCIMENTO SEM EUFORIA

Para os próximos meses, a aposta é na recuperação natural da economia como ocorre normalmente durantes estes períodos. “Além da queda da taxa de juros em curso, o mercado de crédito deve avançar de forma mais intensa, concluindo 2017 com performance melhor, quando comparado ao ano anterior”, afirma o economista.

Mesmo com esse prognóstico, não se espera a euforia de anos anteriores, quando o crédito era o principal combustível da economia. Em 2008, o mercado de crédito cearense atingiu um crescimento nominal superior a 40% ao ano. “Este nível de crescimento não deverá ser alcançado em razão do patamar de endividamento das empresas e consumidores, além da nova dinâmica econômica”, destaca Allisson.

 

CENÁRIO 2

ATRASOS DE 90 DIAS

As expectativas são positivas, mas a inadimplência no sistema financeiro local ainda é considerada preocupante. As operações de crédito com atraso superior a 90 dias continuam elevadas.

A esperança é de que os bancos acelerem as estratégias de renegociações e de reescalonamento de dívidas nesse período. Com isso, seria possível regularizar e reequilibrar o caixa das empresas e o orçamento das famílias, principalmente agora quando as taxas de juros estão em trajetória descendente.

 

REGULAMENTAÇÃO

APLICATIVOS X TÁXIS

Não foi ontem que se resolveu o problema da regulamentação dos aplicativos de transporte. Porém, esse parece ser um caminho sem volta: apesar da resistência dos taxistas, esses serviços representam hoje uma alternativa importante para a sociedade.

Não é à toa que o Brasil representa atualmente um dos principais mercados do Uber, que já ganhou uma concorrência forte do 99 POP: o serviço de transporte público em geral oferecido à população tende a ser ineficiente e caro.

O PLC 28/2017, que pode regulamentar os serviços, deve ser adaptado para atender as necessidades da população, além de receber emendas que tornem os serviços viáveis para o bolso dos passageiros e regulamentados diante das autoridades municipais.

MEIO AMBIENTE

C. ROLIM NA ALEMANHA

O vice-presidente do Grupo C. Rolim, Pio Rodrigues Neto, viaja para a Alemanha. O empresário participará da 23ª Conferência das Partes (COP 23), considerado o principal fórum internacional para discussões relacionadas às mudanças climáticas.

Ontem, em entrevista ao O POVO Economia, ele informou que a empresa foi convidada em função dos trabalhos realizados na área ambiental, como a adoção de praças e do plantio de mudas de árvores no Parque do Cocó.

 

GASTRONOMIA

AÇÃO SOCIAL

O Iprede será a instituição beneficiada pela arrecadação do evento Restaurante Week, que vai até o dia 19 deste mês. A expectativa é de atingir uma marca de R$ 15 mil em arrecadação.

O que sabemos é uma gota. O que ignoramos é um oceano”

Isaac Newton (1643-1727), cientista inglês

 

RÁDIO

O POVO Economia da Rádio O POVO CBN (FM 95.5), a partir das 14 horas. Destaque para o quadro “Atacado e Varejo”, com o jornalista Eliomar de Lima.

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