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Produtores cearenses preocupados com camarão do Equador

2017-03-28 01:30:00
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A possibilidade de importação de camarão do Equador tem gerado preocupação. O Ceará é o maior produtor de camarão em cativeiro do País e, atualmente, enfrenta o problema da infestação com o vírus da mancha branca, que provoca a mortandade do crustáceo nas fazendas.


A doença do grupo, segundo os criadores, não representa nenhum risco à saúde humana, mas gera prejuízos, dizimando a produção. Diante deste cenário, a importação poderia agravar as dificuldades.


O temor com as importações tem duas razões:


1) a primeira refere-se ao domínio do mercado; e


2) o risco de contaminação do produto com outras doenças.


Ontem, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, e o deputado Danilo Forte (PSB-CE) discutiram o assunto. Foram avaliadas ações para estimular a cultura de camarão no País e os efeitos da possível liberal da importação do Equador. Danilo Forte apresentou documentos da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão (ABCC), mostrando os riscos sanitários e a possibilidade de prejuízos na geração de empregos.


O parlamentar informa que entregou o mesmo documento ao presidente Michel Temer.


GOVERNO


ESTUDO DE DEMANDA


Danilo Forte saiu da reunião com o ministro Marcos Pereira com a promessa de criação de uma comissão interna para analisar a demanda. Serão solicitadas informações ao Ministério da Agricultura e verificado o que deve ser feito. Os integrantes da Associação dos Criadores também serão ouvidos.


Haverá uma audiência com o secretário de Agricultura e Pesca, Davyson Souza; o diretor de Aquicultura e Pesca, João Crecêncio; o diretor de Insumos Básicos e Trabalhos, Nizar Raad; a coordenadora geral do Agronegócio, Rita Milagres; o chefe de gabinete, Evandro Garla; e o assessor parlamentar Neuri Mantovani.


FORTALEZA SUSTENTÁVEL


PREFEITURA NEGOCIA FINANCIAMENTO INTERNACIONAL


A secretária Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente de Fortaleza, Águeda Muniz, está em Brasília negociando recursos internacionais. Ela viajou ontem com o objetivo de iniciar acordos com a Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento (Seain/MP) e com o Banco Mundial (Bird) para financiar o Projeto Fortaleza Cidade Sustentável (FCS).


Esse encontro será o primeiro passo para o processo de aprovação do financiamento dentro dos tramites do Governo Federal. O investimento é avaliado em US$ 150 milhões e pretende conciliar os ambientes naturais e os construídos na cidade, através da execução de projetos de saneamento e reabilitação de espaços públicos em áreas pobres e degradadas.


MERCADO 1


QUARESMA AJUDA NA VENDA DE OVOS


O período da quaresma ajuda o mercado de ovo e frango. O CEO da Avine, Airton Carneiro Júnior, explica que neste período muita gente abdica da carne e passa a consumir outros itens.


O resultado disso aparece nas vendas dos produtores locais: esse acaba sendo o melhor momento do ano para a comercialização de ovos. Para este ano, com toda a polêmica sobre a qualidade da carne brasileira, a aposta é em um volume mais expressivo de consumo.


A venda de ovos de galinha tem crescido em todo o País e novos produtos estão sendo lançados nos supermercados, como a clara ou a gema em embalagens tetra park. Atualmente, a Avine coloca diariamente no mercado 1,5 milhão de ovos de galinha e 450 mil ovos de codorna.


MERCADO 2


PREÇOS EM DECLÍNIO


Os problemas nas exportações de carne e frango brasileiros podem derrubar os preços no mercado interno. Caso alguns países mantenham o embargo, a tendência é de uma maior oferta de produtos nos supermercados. O fato é positivo para o consumidor e péssimo para os resultados das empresas.


TERCEIRIZAÇÃO


SEM FUSÃO NOS TEXTOS


O governo anunciou ontem a desistência de fusão dos textos das duas propostas de terceirização (uma da Câmara e outra do Senado). Optou pelo texto da Câmara depois da pressão de sua base aliada, esquecendo totalmente a possibilidade de um modelo mais brando, negociado pelo senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).


Com a terceirização e a reforma trabalhista, alguns juízes do trabalho acreditam que haverá uma fragilização maior dos sindicatos. A lei permitirá a terceirização e até quarteirização, tornando mais difícil a identificação dos empregados por categorias profissionais.


Riqueza sem trabalho, prazeres sem escrúpulos, conhecimento sem sabedoria, comércio sem moral, política sem idealismo, religião sem sacrifício e ciência sem humanismo”

Mahatma Gandhi (1869-1948), líder pacifista indiano, mencionando os sete pecados responsáveis pela decadência social.

RÁDIO


O POVO Economia da Rádio OPOVO/CBN (95.5) a partir das 14 horas. Destaque para o quadro “Sobe e desce da economia”, com o jornalista Nazareno Albuquerque.

 

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