Conheça o Projeto Inclusão Social Pelo Esporte

Caderno produzido pelo Grupo de Comunicação O POVO traz histórias de atletas cearenses de paradesporto

13:45 | Jul. 30, 2020

Capa da terceira edição do caderno especial Inclusão social pelo esporte (foto: Reprodução)

O esporte como mola propulsora, meio pelo qual garotos e garotas, homens e mulheres que convivem com deficiências encontram para ressignificar as próprias existências. É de histórias dessas pessoas de que trata o Projeto Inclusão Social Pelo Esporte. O caderno, que está na terceira edição, é produzido pelo Grupo de Comunicação O POVO (GCOP) com apoio do Governo do Estado do Ceará, e aborda o paradesporto no Ceará pelas trajetórias dos paratletas Elione Sousa, Clariene Abreu, Clara Carvalho, Carlinhos Rocha e Angelina Caetano.

Viagem para o exterior, título nacionais, e um amor: o paratletismo proporcionou tudo isso a Elione Sousa. Cearense de Aracati ele teve a perna esquerda amputada, após um acidente de moto na juventude, e encontrou no esporte uma forma de se transformar. Vendo a vida ser resgatada pela rotina de nados, corridas e saltos, ele incentivou a namorada Clariene Abreu a também ingressar no paradesporto.

A semente plantada por Elione floresce, às custas de muita luta, e Clariene se tornou tricampeã brasileira no salto em distância e ficou com a quarta colocação nos Jogos Parapan-Americanos do ano passado, em Lima, no Peru. "Hoje, faço coisas na área esportiva que não sabia que era capaz quando tinha duas pernas, nem imaginava", observa o paratleta.

O caderno também traz a trajetória de Clara Carvalho, uma jovem cearense de 15 anos, que aprendeu muito cedo a batalhar pela pela vida. Diagnosticada com uma má formação congênita na coluna vertebral, Clara teve de passar por mais de 20 cirurgias. Há três anos, ela transformou o gosto por estar na água em braçadas rumo às vitórias. Ela compete em três classes de natação adaptada.

“Dentro da natação, faço da minha vida um exemplo para os que convivem com a deficiência seja ela qual for. A inclusão vai sendo trabalhada à medida que o público vai se acostumando a ver pessoas com deficiência se superando nos esportes, e esta é uma das melhores maneiras de diminuir o preconceito”, comenta Clara.

O preconceito também é presente na vida de Carlinhos Rocha, 16, mas aí ela se vale do bom humor e da habilidade para driblar as adversidades. Fã de Osvaldo, atacante do Fortaleza, o jogador do futebol de cinco, modalidade praticada por cegos, tem no esporte não apenas uma forma de chegar a conquistas e títulos, mas também de alcançar autonomia. "Quando comecei a praticar o futebol, eu também comecei a andar só em Fortaleza e a conhecer outras pessoas", recorda.

Conhecer, se tornar conhecida e normalizar a prática de esportes por quem traz consigo alguma deficiência. Essas são algumas aspectos que impulsionam a paratleta do arremesso de peso Angelina Caetano. O esporte e a rotina de treinos são temas recorrentes nas redes sociais de Angelina, onde ela acumula 18 mil seguidores. "Recebo muita mensagem de meninas que dizem se espelhar em mim”, relata orgulhosa.

As histórias dos cinco são um recorte de milhares de paratletas no Ceará e no Brasil e servem para inspirar muitos outros a encontrarem no esporte formas de inclusão. O material completo do caderno compõe um encarte especial, que também pode ser acessado no especial Inclusão Social Pelo Esporte, e vídeos publicados no perfil do YouTube do O POVO.

Episódio 1: 

Episódio 2: