Conversão de chances e roubadas de bolas: os números do Ceará na estreia de Dorival
Com desempenho distinto entre o primeiro e o segundo tempo, a equipe comandada pelo treinador venceu, de virada, o Independiente-ARG, por 2 a 1, pela primeira rodada da Copa Sul-Americana
23:14 | Abr. 05, 2022
Com uma semana desde que chegou ao Ceará, o treinador Dorival Júnior estreou na beira do campo com uma importante vitória por 2 a 1 sobre o Independiente-ARG, principal adversário do Vovô no Grupo G da Copa Sul-Americana. Apesar do desequilíbrio de desempenho entre o primeiro e segundo tempo, o treinador conseguiu ajustar a equipe e alguns aspectos do jogo chamaram a atenção, como o alto índice de acerto nos passes, a quantidade de desarmes e a taxa de conversão das chances criadas.
Por ter sido a equipe que, ao longo da partida, se propôs com mais intensidade a construir jogadas ofensivas, tendo em vista que o Independiente-ARG, antes de tomar a virada, atuava de forma reativa para explorar contra-ataques, a taxa de acerto do Ceará na troca de passes foi boa: 91%. Ao todo, a equipe de Dorival realizou 347 passes ao longo do embate.
Segundo dados do Footstats, Vina acertou todos os 17 passes que tentou, assim como Richardson, que entrou no segundo tempo e passou 12 bolas. Fernando Sobral, com 39 passes certos de 41 tentativas (95%) e o zagueiro Luiz Otávio, com 45 de 48 (94%), foram os atletas que se destacaram no quesito.
No ataque, o time de Dorival pouco conseguiu criar na primeira etapa, muito pela formatação da equipe, escalada em um 4-3-3 com três volantes no meio-campo, Vina centralizado como um falso nove, e Lima e Mendoza abertos nas pontas. Sem um homem de referência na área e com a maior parte das jogadas concentradas pelos lados do campo — concluídas em cruzamentos pelo alto ou por baixo —, o Vovô acertou somente uma finalização de forma correta no gol, enquanto outras quatro foram para fora.
No segundo tempo, Dorival ajustou a equipe, colocando Zé Roberto para atuar como centroavante e recuando Vina para sua posição de origem no meio-campo. A produção e eficiência ofensiva do Ceará, naturalmente, aumentou.
Na etapa final, foram oito finalizações, quatro delas na direção certa da baliza, onde duas foram convertidas em gol, uma em cobrança de pênalti e outra com Zé Roberto em jogada área. Ou seja, o time conseguiu ser efetivo em um dos principais pontos de dificuldade que apresentou ao longo desta temporada: converter as chances criadas em gols. Ao todo, foram 13 finalizações do Ceará na partida, cinco corretas e oito para fora.
Defensivamente, com exceção da falha no primeiro gol sofrido, o Ceará foi bem. A capacidade de recuperar a bola foi um dos principais aspectos da equipe alvinegra nos momentos em que precisava se defender. Foram 26 desarmes ao longo do confronto, com Nino Paraíba (quatro roubadas de bola) e Lima (3) entre os principais nomes do quesito.
Ceará x Independiente-ARG
- 2 gols
- 13 finalizações (5 no alvo)
- 26 roubadas de bola
- 91% de acerto no passe
- 52% de posse de bola
Fonte: FootStats