Presidente do Ceará descarta renúncia: "Minha missão não acabou"

Desgastado com a torcida por conta dos maus resultados em 2019, Robinson de Castro tem mandato até 2021

11:07 | Dez. 09, 2019

Robinson de Castro afirma que precisa de "coragem e equilíbrio" para presidir um clube como o Ceará (foto: Mateus Dantas, em 12/4/2018.)

Apesar do intenso desgaste por conta dos maus resultados na temporada, o presidente do Ceará, Robinson de Castro, não parece estar disposto a deixar o comando do clube. Questionado pelo repórter Eliomar de Lima, do O POVO, sobre uma possível renúncia por conta da pressão da torcida, o dirigente respondeu: “Minha missão não acabou”.

“Presidir um clube do tamanho do Ceará tem que ter coragem e equilíbrio. Dei meu melhor, se errei vou procurar acertar”, acrescentou Robinson. O presidente irá conceder entrevista coletiva nesta segunda-feira, 9, a partir das 17 horas, um dia depois de o Vovô garantir a permanência na primeira divisão, com um empate em 1 a 1 diante do Botafogo, no Nilton Santos.

Após o apito final no Rio de Janeiro, a Cearamor, maior torcida organizada do Alvinegro, convocou um protesto para a tarde de terça-feira, 10, na sede do clube, exigindo a renúncia de Robinson e da sua diretoria. Sobre a manifestação, o presidente falou: “Sou um democrata, saberei entender. Vida que segue”.

Em 2019, Robinson de Castro foi um dos personagens mais criticados durante as más campanhas do Ceará. Com o vice no Campeonato Cearense, a eliminação precoce no Nordestão e a permanência sofrida na Série A, com apenas 39 pontos somados, o dirigente chegou ao que talvez seja o auge do seu desgaste com a torcida. Reeleito no fim de 2018, o presidente tem mandato até 2021.

Robinson assumiu o Ceará pela primeira vez em 2015. Nos seus primeiros meses, conseguiu evitar um rebaixamento inédito para a Série C. Conquistou os títulos do Campeonato Cearense em 2017 e 2018, e o acesso à primeira divisão em 2017. Apesar de ter conseguido bons resultados, o dirigente já foi alvo de críticas por algumas declarações e por uma suposta omissão nos maus momentos do clube. Em paralelo à presidência, também exerce o cargo de diretor de futebol.