Gigantes do futebol brasileiro sofrem com más gestões e amargam rebaixamentos

A Série B mais disputada dos últimos anos mostra que só irá sobreviver quem tiver planejamento

16:38 | Set. 24, 2021

Técnico do Remo, Felipe Conceição falou à Betway sobre problemas do grandes clubes brasileiros (foto: Betway)

Uma Série B diferente. E ainda mais difícil. Primeiro, porque poucas vezes vimos tantos clubes com camisas pesadas tentando o acesso à primeira divisão. São cinco campeões brasileiros. Aliás, dois deles levantaram quatro vezes o principal troféu do futebol nacional: Cruzeiro e Vasco. Tem também o bicampeão Botafogo. Coritiba e Guarani completam a lista.

Outra enorme diferença é a limitação na troca de técnicos. Pela primeira vez, cada um dos 20 clubes pode utilizar apenas dois treinadores em toda a competição: “Essa regra é futebol para o crescimento do nosso futebol”. Palavras de Felipe Conceição, que iniciou a Série B no Cruzeiro, foi demitido, e agora está no Remo. Aliás, apesar de afirmar gostar de trabalho longo, isso é algo que ainda não aconteceu em sua carreira como treinador. São sete clubes desde 2018.

Mas, com uma lista grande de clubes que comandou, ele tem conhecimento de causa. Só dessa atual edição, já passou por Botafogo, Guarani, Cruzeiro, e agora o Remo: “A roda está girando. Os clubes que conseguem se organizar, com estrutura boa e pagando em dia, estão passando muitos clubes tradicionais”.

A tabela de classificação mostra isso. O Cruzeiro, favorito em quase todas os sites de soccer bets, não consegue sequer se aproximar do G-4. A maior preocupação tem sido se afastar da zona do rebaixamento. O Vasco, outro tetracampeão brasileiro, não está em situação muito melhor. Metade da tabela, e também já precisou trocar de técnico.

A boa notícia é o retorno do Guarani à parte de cima da tabela. Clube que passou por grave crise financeira, e não disputa a primeira divisão desde 2010: “Estamos pagando as contas, mantendo as coisas em dia, fazendo acordos”. Explicação de Michel Alves, Superintendente de futebol do Bugre. Segundo ele, desde que Ricardo Moisés assumiu a presidência do clube, no ano passado, responsabilidade fiscal é a ordem do dia.

No futebol brasileiro, os últimos anos mostraram mesmo que não dá mais para gastar o que não tem. Flamengo e Palmeiras se estruturaram, “arrumaram a casa”, e hoje lutam por todos os títulos nacionais e continentais. Já Cruzeiro e Vasco tiveram péssimas administrações e se afundaram em dívidas. O resultado, todos estão vendo. E com clubes considerados menores se estruturando cada vez mais, parece que a roda do futebol brasileiro está realmente girando. E mais rápido do que se imaginava.

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