Seleção brasileira: grupo LGBTQIA+ pede na Justiça uso de número 24 na final da Copa América

É o mesmo movimentou que procurou a Justiça para exigir explicações da CBF pelo fato de nenhum atleta usar a numeração na competição

16:34 | Jul. 08, 2021

Jogadores da seleção brasileira comemoram gol de Roberto Firmino no jogo Brasil x Colômbia, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, pela Copa América (foto: Lucas Figueiredo/CBF)

O "Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT" entrou como nova ação na Justiça exigindo que o volante Douglas Luiz, um dos convocados por Tite, use a camisa 24 na final da Copa América em vez da 25, neste sábado, 10, diante da Argentina. Sobre o pedido anterior de explicações à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) pelo fato de nenhum atleta usar a numeração na competição, o juiz Ricardo Cyfer, da 10ª Vara Cível do Rio de Janeiro decidiu arquivar o caso e não aplicar multa à entidade.

Conforme a Espn, que teve acesso ao processo, o "Grupo Arco-Íris" solicita limitar que obrigue a CBF a mudar o número do uniforme de Douglas Luiz para a final. É requerido ainda multa de R$ 460 mil em caso de descumprimento e um pedido público de desculpas por ter promovido uma "posição institucional discriminatória".

Entre as seleções participantes da Copa América, a equipe brasileira é a única que não possui o número historicamente relacionado ao homem gay no Brasil. Todas as demais nove equipes do torneio utilizam o número 24 entre jogadores inscritos no certame. No regulamento da Conmebol, não há qualquer imposição sobre a numeração e fica a critério das delegações.

A associação do 24 com o homem gay no Brasil vem desde o início do Jogo do Bicho, que associa o número ao veado. No País, o animal é utilizado como termo homofóbico de ofensa contra a população LGBTQIA+.