Trágico acidente do avião da Chapecoense completa quatro anos

A equipe catarinense estava a caminho da primeira partida final da Copa Sul-Americana de 2016, contra o Atlético Nacional, da Colômbia

15:16 | Nov. 29, 2020

Por: Gazeta Esportiva
Os destroços do avião fretado da Lamia Airlines transportando membros do time da Chapecoense são vistos após a queda na serra de Cerro Gordo, município de La Union, na Colômbia, em 29 de novembro de 2016 (foto: RAUL ARBOLEDA)

O dia 29 de novembro ficará marcado para sempre na história do futebol de uma forma muito triste. O acidente aéreo que envolveu o time da Chapecoense completa quatro anos neste domingo, 29 (considerando o horário brasileiro - seria no dia 28 na Colômbia). O desastre antes da final da Copa Sul-americana deixou 71 mortos e diversas famílias desamparadas e um sentimento de revolta.

Em função da pandemia do novo coronavírus, a Chapecoense anunciou apenas ações pontuais neste ano para recordar a tragédia. As principais lembranças serão feitas através das redes sociais. Antes da partida deste sábado pela Série B do Brasileiro, a atual equipe exibiu uma faixa sobre o terrível acontecimento na Colômbia.

Em relação às vítimas, segundo o Blog Lei em campo, a Chapecoense fechou um novo acordo com as famílias em julho deste ano através de uma intermediação do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina (TRT-SC), até porque a queda de divisão (da Série A para a B) foi um duro golpe nas receitas do clube.

No entanto, nenhuma família conseguiu ainda receber a indenização da seguradora da empresa LaMia, a responsável pelo voo. Uma decisão da Justiça da Flórida, nos Estados Unidos, deu em primeira instância a vitória a 40 famílias das vítimas uma valor somado em indenizações de US$ 844 milhões (cerca de R$ 4,5 bilhões), segundo a Folha de S. Paulo noticiou em julho deste ano. Só que é apenas uma vitória inicial no processo.

No início de 2020, o ex-zagueiro Neto deu seu depoimento para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga o acidente, presidida pelo senador Jorginho Mello (PL-SC). Ele criticou a falta de ação dos órgãos governamentais em prol da resolução das questões envolvendo o desastre.

"Às vezes, fico com raiva de falar desse assunto, em um país que é patriota, que diz lutar pelo seu povo, mas não vê o governo mover uma palha. Se caísse um avião norte-americano no Brasil, e o nosso país estivesse errado, a coisa seria diferente. Nós não representávamos apenas um clube ou uma cidade, nós representávamos um país. A gente não quer nada mais do que o justo, a justiça, e isso passa pelas mãos de todos os que estão em Brasília", declarou. 

No ano passado, logo na semana em que o desastre completou três anos, a Chapecoense confirmou seu rebaixamento para a Série B do Brasileiro, o primeiro de sua história, após perder para o Botafogo.

Agora, a equipe do interior catarinense apresenta sinais de reação. Líder da Série B do Campeonato Brasileiro, a Chape tem grandes chances de retornar à elite do futebol brasileiro em 2021.

Confira a baixo a lista completa de vítimas e sobreviventes do acidente:

Vítimas:

Elenco da Chapecoense:

Danilo - goleiro

Gimenez - lateral

Bruno Rangel - atacante

Marcelo - zagueiro

Lucas Gomes - atacante

Sergio Manoel - meio-campista

Filipe Machado - zagueiro

Matheus Biteco - meio-campista

Cleber Santana - meio-campista

William Thiego - zagueiro

Tiaguinho - meio-campista

Josimar - meio-campista

Dener Assunção - lateral

Gil - meio-campista

Ananias - atacante

Kempes - atacante

Arthur Maia - meio-campista

Mateus Caramelo - lateral

Aílton Canela - atacante

Comissão técnica:

Caio Júnior - técnico

Eduardo de Castro Filho - auxiliar técnico

Luiz Grohs - analista de desempenho

Anderson Paixão - preparador físico

Anderson Martins - preparador de goleiros

Dr. Marcio Koury - médico

Rafael Gobbato - fisioterapeuta

Cocada - roupeiro

Sergio de Jesus - massagista

Adriano - membro da comissão

Cleberson Silva - membro da comissão

Luiz César Martins Cunha (Cesinha) - comissão técnica

Gilberto Pace Thomas - assessor de imprensa

Diretoria:

Sandro Pallaoro - presidente

Mauro Stumpf - vice-presidente de futebol

Eduardo Preuss - diretor

Chinho di Domenico - supervisor

Nilson Folle Júnior - diretor

Decio Burtet Filho - diretor

Edir de Marco - diretor

Ricardo Porto - diretor

Mauro dal Bello - diretor

Jandir Bordignon - diretor

Dávi Barela Dávi - empresário

Delfim Peixoto Filho - vice-presidente da CBF e presidente da Federação Catarinense

Imprensa:

Victorino Chermont - repórter

Rodrigo Santana Gonçalves - cinegrafista

Deva Pascovich - narrador

Lilacio Júnior - coordenador de transmissões

Paulo Julio Clement - comentarista

Mario Sergio Pontes de Paiva - ex-jogador e comentarista

Guilherme Marques - repórter

Ari de Araújo Júnior - cinegrafista

Guilherme Laars - produtor

Giovane Klein - repórter

Bruno Mauro da Silva - técnico

Djalma Araújo Neto - cinegrafista

André Podiacki - repórter

Laion Espindula - repórter

Renan Agnolin - radialista

Fernando Schardong - radialista

Edson Ebeliny - radialista

Gelson Galiotto - radialista

Douglas Dorneles - radialista

Jacir Biavatti - comentarista

Tripulação:

Miguel Quiroga - piloto

Ovar Goytia - piloto

Sisy Arias - copiloto

Romel Vacaflores - assistente de voo

Alex Quispe - auxiliar de voo

Gustavo Encina - representante da LaMia

Angel Lug - técnico da aeronave

Sobreviventes:

Alan Ruschel - lateral da Chapecoense

Jakson Follman - ex-goleiro da Chapecoense

Neto - ex-zagueiro da Chapecoense

Rafael Henzel - jornalista (faleceu em março de 2019, vítima de ataque cardíaco)

Erwin Tumiri - técnico da aeronave

Xemena Suarez - comissária de bordo