Mecânico boliviano sobrevivente da tragédia da Chape quer ser piloto
17:58 | Nov. 28, 2017
Tumiri, que mora em Cochabamba (região central da Bolívia), retoma lentamente a sua atividade como técnico aéreo. Ele diz que sua fé, suas atividades na Igreja e o seu trabalho lhe permitiram recuperar a tranquilidade. "Sim, (passou) um ano. Há algum tempo vi os vídeos, dói recordar, para mim é muito doloroso recordar", assinala Tumiri, após lembrar o acidente de 28 de novembro de 2016 que deixou 71 mortos, principalmente jogadores e dirigentes da Chapecoense, pouco antes de chegar a Medellín.
Investigações separadas das autoridades colombianas e bolivianas estabeleceram que a aeronave sofreu o acidente por ter combustível limitado e que o piloto falecido, Miguel Quiroga, deveria ter reabastecido o avião. Tumiri relembra o que passou imediatamente depois do acidente: "uma vez, junto com Ximena (Suárez, aeromoça e sobrevivente), fomos a um local seguro e lá disse 'obrigado, Senhor, por me dar uma nova oportunidade' e Ximena também".
Embora sem dar detalhes, lembra que no dia do voo, quando acordou de manhã, sua mãe teve um pressentimento. "Minha mãe me disse: 'meu filho, tenha cuidado, tive um pesadelo' e respondi 'de que, mãe? Não acredite nos sonhos', e saí". As investigações na Bolívia estão paradas desde que a Procuradoria denunciou uma dúzia de funcionários que tiveram alguma relação com o voo e empregados da companhia.