Elmano admite que política de segurança pública do Ceará necessita de correções

Mais investimento em inteligência, produzida pela Polícia Civil, e política de juventude "mais ousada" estão entre apontamentos do petista

07:53 | Set. 06, 2022

Por: Carlos Holanda
Candidato do PT, Elmano Freitas (PT) apontou que Ceará precisa investir mais na Polícia Civil e criar política de juventude mais ousada (foto: Reprodução/Instagram TV Ceará)

Candidato a governador do Ceará, Elmano Freitas (PT) afirmou na noite dessa segunda-feira, 5, em entrevista à TV Ceará que a política de segurança pública estadual tem "limites" e uma "lacuna". Ele foi o terceiro entrevistado no programa Cena Pública, com participação do O POVO e do podcast As Cunhãs. Questionado se conseguia apontar defeitos na condução da área pelos governos de Camilo Santana (PT) e Izolda Cela (sem partido), ex e atual governadora, Elmano respondeu que falaria em "limites".

Afirmou que o sistema prisional cearense foi controlado, mas que, fora dele, a Polícia Militar do Ceará (PMCE) necessita atuar com base em informações mais qualificadas. Para isso, disse, haveria de se ter investido mais no efetivo da Polícia Civil. 

"Então, se houve assim uma questão que há que ser corrigida é a intensidade, onde você faz a maior força. Nós fizemos um esforço grande na Polícia Militar de promoção e valorização - e fizemos certo -, de ampliação do efetivo, mas tínhamos que ter ampliado mais o efetivo da Polícia Civil e de inteligência", considerou o candidato apoiado por Camilo, candidato ao Senado, e por Luiz Inácio Lula da Silva, postulante a novo mandato presidencial.

A "lacuna" que Elmano reconhece e diz querer corrigir é a de uma "política de juventude mais ousada". "Uma política de juventude que se aproxime desse jovem que já terminou o Ensino Médio, que não conseguiu um emprego, não está tendo oportunidade e eu me aproxime desse jovem e possamos ver as possibilidades de qualificação, capacitação, de ajudar no empreendedorismo para que ele possa ter um projeto de vida e a gente possa ter uma outra canalização da energia dessa juventude", disse Elmano.

E complementou: "Isso eu acho que é um limite que nós tivemos no nosso projeto e que considero estratégico para nós garantirmos mais tranquilidade e segurança para nossa população."

O diagnóstico do postulante vai além do que faz Camilo, cujas respostas recorrentemente vão no sentido de responsabilizar o Governo Federal. O petista conviveu pouco mais de um ano com o governo Dilma Rousseff, seguida de Michel Temer e, atualmente, Jair Bolsonaro, este por mais tempo - três anos e três meses.

No argumento do candidato a senador, a Constituição Federal determina que as Forças Armadas do Brasil têm de cuidar das fronteiras. Como o Ceará não produz drogas ilícitas, conclui o petista, as cargas vêm de fora do Brasil.