Quem é a menina que fez o "L" de Lula no programa Sílvio Santos e foi proibida de voltar ao SBT

A integrante da plateia do SBT já esteve nas gravações do programa outras quatro vezes e cursa o ensino médio de uma escola estadual de Cotia, na Grande São Paulo.

14:37 | Jul. 01, 2022

Por: Filipe Pereira
Uma mulher no auditório do programa fez a letra L com a mão, indicando apoio ao ex-presidente Lula, pré-candidato do PT ao Palácio do Planalto (foto: Reprodução)

A última edição do programa do apresentador e dono do SBT Silvio Santos repercutiu nas redes sociais após uma menina no auditório fazer a letra 'L' com a mão, indicando apoio ao ex-presidente Lula, pré-candidato do PT ao Palácio do Planalto. No momento, o deputado federal Frederico D’Ávila (PL), correligionário e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL); dava entrevista. 

A integrante da plateia do STB se chama Letícia Trevisan, 16 anos, e já esteve nas gravações do programa outras quatro vezes, acompanhada de uma caravana que transporta pessoas da sua cidade. Ela é filha de uma cozinheira e foi criada junto às suas duas irmãs mais velhas, após o pai abandonar a família anos atrás. Hoje, a menina cursa o ensino médio de uma escola estadual de Cotia, na Grande São Paulo.

Em entrevista ao F5, da Folha de S.Paulo, Trevisan disse não ter planejado usar uma roupa vermelha, cor que integra a campanha de Lula. "A gente nunca sabe quem vai estar no programa", garantiu. Letícia conta que, no dia da gravação, realizada em 24 de junho, a decisão de fazer o "L" com a mão aconteceu após ela notar que o parlamentar bolsonarista fez comentários pró-governo.

"Fiz o 'L' de Lula porque ele (o deputado) disse que a maioria dos brasileiros apoia a reeleição de Bolsonaro nas eleições em outubro. Quem, minha gente? Ninguém que eu conheço vai voltar nele", detalhou Letícia. E completou: "Quando ele era presidente, a comida era mais barata. As pessoas tinham mais poder de compra, tinham emprego".

Nas redes sociais, a moça disse ter sido comunicada pelo SBT que não poderia retornar à emissora. Segundo ela, o canal voltou atrás logo em seguida. "A caravanista soube que eu tinha sido proibida, mas me prometeu que iria deixar baixar a poeira para interceder por mim. Ela sabe que não foi intencional, eu nem sabia que não podia falar de política".