Anvisa recomenda suspender uso da vacina AstraZeneca em grávidas

Agora, somente as vacinadas CoronaVac e a Pfizer podem sem aplicadas em grávidas. O Ministério da Saúde investiga a morte de uma gestante do Rio de Janeiro após uso do imunizante

08:16 | Mai. 11, 2021

A vacina contra Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca. (foto: JOEL SAGET / AFP)

A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou na noite desta segunda-feira, 10, a suspensão imediata da aplicação da vacina contra Covid-19 da AstraZeneca/Oxford em grávidas. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o Ministério da Saúde investiga a morte de uma gestante do Rio de Janeiro após uso do imunizante.

A coluna Painel, da Folha, questionou a pasta sobre dois casos de mortes de gestantes que foram relatados por estados, um na Bahia e um no Rio. O Ministério respondeu confirmando apenas a investigação de um deles. O imunizante vinha sendo usado em gestantes com comorbidades.

Agora, somente as vacinas CoronaVac e Pfizer podem sem aplicadas em grávidas. Por meio de nota, a agência reguladora diz que "seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) a indicação da bula da vacina AstraZeneca e que a orientação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no País".

"O Ministério da Saúde informa que foi notificado pelas secretarias de Saúde Municipal e Estadual do Rio de Janeiro e investiga o caso. Cabe ressaltar que a ocorrência de eventos adversos é extremamente rara e inferior ao risco apresentado pela Covid-19", disse a pasta.

Na recomendação para suspender o uso do imunológico, a Anvisa informa ainda que "o uso de vacinas em situações não previstas na bula só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios para a paciente".

Segundo o G1, a bula atual da vacina da AstraZeneca, porém, não recomenda o uso da vacina sem orientação médica. O imunizante permite um intervalo de três meses entre a primeira e a segunda dose.