Rússia alcança 2 milhões de casos de Covid-19 e novo recorde de mortos

Apesar desse quadro, as autoridades continuam a rejeitar um confinamento generalizado.

08:04 | Nov. 19, 2020

Passageiros usando máscaras faciais estão em um metrô em Moscou em 18 de novembro de 2020 (foto: AFP)

A Rússia superou, nesta quinta-feira (19), os dois milhões de pacientes com Covid-19, registrando também dois novos recordes de infecções diárias e de mortes.

 

Apesar desse quadro, as autoridades continuam a rejeitar um confinamento generalizado.

 

As autoridades sanitárias relataram 23.610 novas infecções e 463 novas mortes nesta quinta, o que eleva o total para 2,02 milhões de casos detectados desde o início da pandemia no país, além de 34.850 óbitos.

 

O número de vítimas fatais reflete uma mortalidade muito menor do que em outras partes do mundo, mas as autoridades contabilizam apenas as mortes que, após a necropsia, foram causadas principalmente pelo coronavírus.

 

Ontem, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a situação é "preocupante" e pediu às regiões russas, que são menos equipadas que Moscou para lidar com a pandemia, para não "dourar a situação" e não "fingir que está tudo bem".

 

Segundo ele, várias regiões enfrentam a escassez de medicamentos para pacientes com coronavírus, ou a falta de ambulâncias.

 

As autoridades já descartaram um novo confinamento nacional, para evitar uma nova desaceleração da economia russa, já enfraquecida por esta mesma medida adotada no início do ano e pelas sanções ocidentais.

 

Em outubro, Putin falou de medidas "seletivas e justificadas" que poderão ser tomadas, de forma independente, nas regiões russas.

 

De acordo com o Ministério da Saúde, 84% dos leitos destinados ao tratamento de pacientes com covid-19 estavam ocupados na segunda-feira.

 

A Rússia também conta a produção de suas próprias vacinas contra o coronavírus, incluindo a Sputnik V, elogiada por Vladimir Putin, mas que, até agora, despertou apenas a desconfiança internacional.