OMS prevê que pandemia do novo coronavírus será "muito longa"

A pandemia provocou a morte de pelo menos 680 mil pessoas no mundo

16:33 | Ago. 01, 2020

A Europa, hoje, superou a marca de 3 milhões de casos, seguindo atrás apenas das Américas, com 7,3 milhões. Logo atrás, estão Oriente Médio e Sul da Ásia, ambos com 1,3 milhão (foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, neste sábado, 1ª, que a pandemia do novo coronavírus será provavelmente "muito longa", seis meses depois de declarar a emergência internacional. O comitê de emergência da OMS, que se reúne pela quarta vez desde a sexta-feira, "destacou que espera que a duração da pandemia de Covid-19 será certamente muito longa", informou a organização em um comunicado.

A OMS também alertou para "o perigo de que se afrouxe a resposta em um contexto de pressões socioeconômicas". "O comitê de emergência continua avaliando como muito elevado o nível de perigo global [provocado] pela Covid-19", informou a entidade no comunicado.

"O comitê destacou que espera que a duração da pandemia de Covid-19 será certamente muito longa e tomou nota da importância de se manter a resposta e os esforços das comunidades nacionais, regionais e globais", acrescentou. A pandemia provocou a morte de pelo menos 680 mil pessoas no mundo e infectou mais de 17,6 milhões, segundo contagem feita pela AFP com base em fontes oficiais.

Além disso, o comitê pediu à OMS que apoie os países no desenvolvimento de tratamentos e vacinas e também defendeu que haja maior transparência "na forma como se transmite o vírus, após as potenciais mutações, a imunidade e como se proteger". O comitê, formado por 18 membros e 12 assessores, ratificou por unanimidade, como era previsto, que o vírus continua representando uma urgência sanitária internacional.

A OMS foi muito criticada por demorar em decretar o estado de urgência depois de o coronavírus ter sido registrado pela primeira vez na China. Os Estados Unidos, que acusaram a organização de ser um "fantoche" manipulado pela China, iniciou em julho sua retirada da organização.

Está previsto que o comitê de emergência volte a se reunir em três meses.