Papel higiênico é racionado após onda de pânico de australianos com COVID-19

"Parem, isso é ridículo", disse o primeiro-ministro Scott Morrison a seus compatriotas

08:51 | Jun. 26, 2020

Os supermercados australianos voltaram a restringir a venda de papel higiênico, após uma nova febre dos consumidores deflagrada pelo aumento nos casos de coronavírus na cidade australiana de Melbourne.

"Parem, isso é ridículo", disse o primeiro-ministro Scott Morrison a seus compatriotas, afirmando que os novos contágios na segunda cidade do país não ameaçam os bons resultados do país na luta contra a Covid-19.

As autoridades relataram 30 novos casos da doença nas últimas 24 horas, em Melbourne. Este é o 10º dia consecutivo em que são registrados mais de dez novos infectados diariamente no estado de Victoria.

Os outros estados australianos não registram nenhum, ou menos de dez casos, diariamente há várias semanas.

As autoridades de Victoria estão fazendo uma grande campanha de testes em vários bairros de Melbourne, com a ajuda do Exército. Mais de 200 soldados foram mobilizados para a tarefa nesta área.

Em comparação com outras partes do mundo, o número de casos na Austrália é pequeno. Este aumento faz temer, porém, uma segunda onda epidêmica, agora que a maioria dos estados está desmantelando as restrições.

Woolworths e Coles, as duas maiores redes de supermercados australianas, anunciaram nesta sexta a imposição em todo país de cotas para a venda de papel higiênico e de cozinha para lidar com um frenesi de compras que não se via desde o surgimento da pandemia em março.