PSL do Ceará entra com ação judicial contra prorrogação de distanciamento social e lockdown em Fortaleza

O presidente do partido no Ceará, Heitor Freire, afirma que tanto a Saúde quanto a Economia cearenses estão em colapso em função de políticas ineficazes para conter o avanço da doença.

14:03 | Mai. 11, 2020

Heitor Freire já foi aliado de Bolsonaro e hoje briga com bolsonaristas (foto: Sandro Valentim, em 8 de março de 2020)

O PSL Ceará apresentou nesta segunda-feira, 11, no Tribunal de Justiça do Ceará, um mandado de segurança coletivo contra as determinações do governador Camilo Santana (PT), de prorrogar o distanciamento social no Estado, e do prefeito Roberto Cláudio (PDT), de lockdown em Fortaleza. Na ação, o partido afirma que tanto a Saúde quanto a Economia cearenses estão em colapso em função de políticas ineficazes para conter o avanço da doença.

O presidente do PSL no Ceará, Heitor Freire, responsável por protocolar o mandado, afirma a presença de ilegalidades nas “medidas drásticas” implantadas em Fortaleza, as quais considera não haver “qualquer parâmetro científico”. “Sou completamente a favor de medidas efetivas para combater a pandemia de Covid-19, mas isso não significa que o Estado possa jogar nas costas do cidadão a conta pela ineficiência, ineficácia e inefetividade de suas ações”.

O parlamentar reforça que segue cobrando um plano para a retomada gradativa das atividades do Estado. “Peço ao Governo do Estado do Ceará que apresente um plano de retomada da economia e que as medidas de restrição sejam impostas com base em critérios técnicos e científicos”, finaliza.

O prefeito Roberto Cláudio, em entrevista na Jovem Pan neste sábado, 9, defendeu as medidas adotadas no Ceará e na Capital, e afirmou que as organizações internacionais e os dados científicos estão sendo questionados por causa do interesse de parte da sociedade. Na ocasião, ele criticou ser “inadmissível a postura de omissão de qualquer governo”.

Segundo o prefeito, o debate sobre a eficácia do isolamento não deveria ser o foco. “Acho que o Brasil está perdendo um enorme tempo com debates dessa natureza. Deveríamos estar sendo mais orientados por informações científicas do que por ideologias”, diz.