Físicos testam eficiência de 15 materiais de máscaras contra novo coronavírus
Além das máscaras de uso profissional, os tecidos algodão e tricoline são os mais eficientes ao impedir a passagem de aerossóis
11:12 | Mai. 05, 2020
Ao sair de casa em situações de extrema necessidade, a recomendação do Ministério da Saúde (MS) é utilizar máscaras. Em especial as de pano, para garantir o fornecimento de máscaras cirúrgicas e N95 aos profissionais de saúde brasileiros.
No entanto, as máscaras de pano precisam cumprir certos aspectos, como o tipo de material utilizado para confecção. O MS sugere o uso de tecidos 100% algodão, tricoline e até TNT (tecido-não-tecido), com mínimo de duas dobras.
Para testar a eficiência das máscaras, os professores Maurício Foschini e Adamo Ferreira Gomes do Monte, do Instituto de Física da Universidade Federal de Uberlândia (Infis/UFU), avaliaram 15 tipos de materiais utilizados para confeccionar máscaras.
De acordo com os pesquisadores, além das máscaras profissionais, os materiais mais eficientes são malhas 100% algodão com duas ou três camadas e tricoline 97% algodão com duas camadas. Na lista, o filtro de papel - para coar café - aparece como mais eficiente que os tecidos. No entanto, ele não deve ser utilizado para proteção da Covid-19, já que a vedação lateral da máscara feita com esse material é ruim e a umidificação é rápida.
Já o TNT gramatura 40 com três camadas tem eficiência moderada e pode chegar a “muito baixa” caso se reduza a quantidade de camadas. Por isso, o ideal é evitar o uso do material na confecção de máscaras artesanais.
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O teste consistiu na produção, em laboratório, de um fluxo constante de aerossol com uma máquina chamada nebulizador piezoelétrico. Então, eles fotografaram as micropartículas antes de atingir a máscara, atravessando a máscara e depois do outro lado da máscara.
Ao processarem as imagens, eles obtiveram a quantidade de partículas por milímetro quadrado e classificaram os tipos de máscara de acordo com eficiência de proteção, de “muito alta” a “muito baixa”.