Confira as medidas de segurança adotadas pelos supermercados durante a pandemia de Covid-19

Redes de supermercado foram orientadas a intensificar a higienização dos estabelecimentos e a disponibilizar dispensores com álcool em gel para clientes

12:41 | Abr. 01, 2020

Filas no Carrefour de Fortaleza (foto: PH Santos)

As medidas de isolamento social para retardar a transmissão da Covid-19 no Ceará são bem claras: sair apenas quando necessário. Classificados como serviços essenciais, por serem responsáveis pelo abastecimento da população, os supermercados têm seguido diversas medidas para manter a segurança dos profissionais e clientes. No Carrefour, em Fortaleza, O POVO constatou que o estabelecimento está medindo a temperatura dos clientes e distribuindo álcool em gel. 


O secretário executivo da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Antônio Sales, explica que a primeira ação foi divulgar aos consumidores alguns procedimentos de segurança. As recomendações são: ir às compras apenas uma pessoa da família, evitar a ida de grupos de risco e de crianças, manter distância de pelo menos um metro de outros clientes e não estocar alimentos.


Enquanto os consumidores devem cumprir as orientações, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) encaminhou cartilha com medidas a serem seguidas por associados de todas as regiões. Assim, todos os supermercados brasileiros estão orientados a limpar "rigorosamente" carrinhos e cestas de compras, assim como botões para emissão de tickets de estacionamento. É responsabilidade dos estabelecimentos mapearem os "principais pontos de contato" entre clientes e funcionários e reforçar a rotina de higienização neles.


Da mesma forma, Abras sugere a instalação de dispensadores com álcool em gel em áreas em que há concentração de clientes, como o açougue, padaria e frios. "De nada adianta higienizar vários pontos das lojas se o cliente não estiver com as próprias mãos higienizadas", afirma a cartilha.


Outras medidas


Além da ênfase na limpeza, a entidade desencoraja ações promocionais, para evitar aglomerações. Também elucida que consumidores de risco podem ser atendidos de forma diferenciada, decisão a cargo de cada empresa. "Além do reforço nas medidas de prevenção, é possível aumentar o número de caixas preferenciais e/ou estabelecer horários diferenciados para atendimento a esses consumidores", sugere Antônio SALES.


O secretário da Acesu aproveita para lembrar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomenda o uso de máscaras e luvas pelos funcionários. Os produtos devem ser utilizados apenas por trabalhadores que estão em contato direto com alimentos para consumo imediato. Dessa forma, caixas não são obrigados a vestir máscaras e luvas. A Nota Técnica nº15/2020 da Anvisa pede que os profissionais prefiram higienizar as mãos frequentemente, já que o uso de luvas pode, inclusive, "produzir o efeito contrário ao pretendido".


Já sobre o funcionamento de quiosques de venda de eletrônicos, por exemplo, o secretário esclarece que é autorizado pelo decreto estadual. "Como temos diversos formatos de lojas, é muito diverso o atendimento do segmento supermercadista. Existem lojas que possuem comercialização de celulares e acessórios dentro de sua área comercial. Este funcionamento está autorizado no decreto estadual", afirma.