Coronavírus no Ceará: Camilo anuncia compra de R$ 200 milhões em equipamentos e insumos

Os recursos devem ser distribuídos entre os municípios do Estado. Segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde (MS), o Estado apresenta 235 casos confirmados e três mortes em decorrência da doença

20:07 | Mar. 26, 2020

AL-CE avaliará ainda isenção das taxas de energia elétrica e de consumo de água aprovadas pelo governador para famílias de baixa renda (foto: ARQUIVO)

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), anunciou na noite desta quinta-feira, 26, o equivalente a R$ 200 milhões na compra de equipamentos, respiradores, materiais de proteção e demais insumos no combate ao coronavírus no Ceará. Camilo destacou que os recursos se somam a verba de R$ 45 milhões que já havia sido destinada ao enfrentamento da pandemia. Os recursos adquiridos serão distribuídos entre os municípios do Estado. Segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde (MS) nesta quinta, o Estado apresenta 235 casos confirmados e três mortes em decorrência da doença. 

O objetivo do governo tem sido estruturar da melhor forma possível o sistema de saúde cearense para enfrentar os casos de coronavírus na região. “Para garantir que a população que precise do sistema público de saúde possa ter atendimento”, destacou o governante.

Quanto aos óbitos registrados, Camilo prestou suas condolências às famílias que perderam seus entes queridos e a reafirmou que a maior preocupação do Estado era a de preservar a vida de seus cidadãos. O governador também criticou a falta de alinhamento entre as ações do governo federal e medidas estaduais. Segundo ele, “há uma preocupação entre os governadores, da falta de alinhamento no enfrentamento do coronavírus no País. Quanto a diretrizes de ações conjuntas, isso está faltando no Brasil”, declarou.

Camilo ainda cobrou uma ação mais direta do governo federal na criação de uma rede de apoio às famílias mais vulneráveis com o fechamento do comércio e a suspensão dos salários. Para o governante, a única instância capaz de proteger esta parcela da população é o governo federal. “Quem pode olhar para essas pessoas, quem pode fazer isso e se endividar são os cofres federais”, completou.

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