PUBLICIDADE

Dani Alves

01:30 | 04/07/2019

Controle na mão play, pause, review e play veem e reveem o primeiro gol do Brasil. Philippe Coutinho mete a bola entre as canetas de Leandro Paredes e avança com a bola dominada. Otamendi sai na cobertura. A bola sobra para Daniel Alves que dá um lençol num adversário.

O lateral direito avança com a bola dominada, dá outro drible em Paredes, que veio lhe dar combate, e olha como se fosse passar para o lado esquerdo. Esse olhar para o lado esquerdo engana a defesa argentina, porque a bola vai ser passada para o direito.

Lá está Firmino, que passa a bola para dentro da área penal pegando a defesa argentina no contra-pé. Tranquilo como se estivesse saboreando um sorvete e rememorando jogadas do outrora melhor futebol do mundo, Gabriel Jesus finaliza para dentro da meta. Uma pintura!

O que parecia ser o início de uma goleada, visto que o selecionado argentino atravessa uma fase muito ruim, quase virou um pesadelo. Os argentinos se motivaram, foram para cima com tudo e o jogo pegou pressão com um primeiro tempo de bola lá e cá.

No segundo tempo, à exceção da jogada individual do Gabriel Jesus, que resultou no segundo gol brasileiro, a Argentina dominou. E aí, caro leitor, vou morrer sem entender as leituras de jogo que o Tite faz. Ganhando de 1 a 0, como é possível tirar o Éverton?

Ora! O Éverton não estava jogando nada, alguém poderá retrucar. Concordo que estava muito bem marcado e não repetia suas últimas atuações, mas sabendo-se que a Argentina viria para cima no segundo tempo e ele com força, velocidade, drible e finalização era um trunfo no jogo.

Tite preferiu tirá-lo e colocar William na direita e Gabriel na esquerda. Com uma cajadada só matou as triangulações do lado direito e acabou com a nossa melhor possibilidade de contra-ataque. Sorte foi estar Gabriel Jesus em noite inspirada e fazer o segundo gol.

Com o controle na mão, me detive também em Daniel Alves. Play, pause, review e play para ver o melhor jogador em campo. Os fundamentos técnicos e táticos executados de forma correta no tempo e no espaço dão ao futebol a leveza e a graça de uma dança.