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O Clássico-Rei

05:00 | 07/03/2019

Não se sabe o número exato de vitórias que um clube tem sobre o outro. Do outro lado da linha, o Eugênio Fernandes, historiador do futebol cearense, diz que fez levantamento na Biblioteca Pública, nos jornais, nas revistas e existem cinco jogos sem resultados.

São duas partidas em 1924, uma em 1925, outra em 1926 e a última em 1927. Portanto, caro leitor, o número de vitórias, derrotas ou empates de qualquer uma das equipes fica prejudicado por conta desses cinco jogos. Para quem se interessa pela estatística, a conta não fecha.

Quem também fez um levantamento foi o meu ouvinte e leitor Francisco José Nobre de Oliveira, que foi dirigente da Confederação Brasileira Futsal e árbitro da Federação Cearense de Futsal. Segundo ele, desde a inauguração do Castelão, em 1973, até os dias de hoje foram 269 jogos.

O Tico, como é carinhosamente chamado pelo pessoal que o conhece, pesquisou e me mostrou os resultados dos 269 jogos, e, embora confie no seu trabalho e na sua informação, vou procurar mais uns dois levantamentos, confronta-los e depois publicá-los.

Próximo domingo os dois se enfrentam pelo Campeonato Cearense. No momento atual o Ceará lidera a competição. O Fortaleza precisa da vitória para dar um passo importante e se classificar para as semifinais. A história do Clássico-Rei é taxativa. Não há favorito.

Como não ligo muito para resultados e me concentro em jogadas bonitas aproveito o momento para saudar dois jogadores, um de cada clube, que me fizeram gostar cada vez mais de futebol. Clico na minha mente e controle na mão play, pause, rewind e play.

Foco em Zé Eduardo. A bola vinha pelo alto na direção do peito. Zé se afastava para o lado, estendia a perna direita num ângulo superior a noventa graus aninhando-a na parte externa da chuteira, ato contínuo, trazia-a colada na chuteira até a grama sob os aplausos alvinegros.

Clodoaldo virou lenda. Seus dribles em alta velocidade o deixavam na entrada da grande área. O goleiro adversário dava alguns passos para diminuir o ângulo. O atacante freava a corrida e dava um leve toque encobrindo o goleiro. O Tricolor vibrava: "Uh! Terror! Clodoaldo é matador."