Economia

Inflação de Fortaleza tem a quarta maior queda do País

| Em maio | IPCA da Capital recuou 0,52% no período, acima da média nacional, de -0,38%

10:41 | 10/06/2020

Assim como aconteceu em abril, a inflação de Fortaleza voltou a recuar no último mês de maio, quando caiu 0,52%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da quarta maior retração para o período entre as 16 capitais brasileiras analisadas pelo levantamento, atrás apenas de Belo Horizonte (-0,60%), Campo Grande (-0,57%) e Curitiba (-0,57%).

A queda registrada no IPCA de Fortaleza em maio também ficou acima da média nacional para o período, que foi de -0,38%, a menor variação mensal do País desde agosto de 1998 (-0,51%). No ano, a inflação da Capital cearense acumula uma leve alta de 0,64% e, nos últimos doze meses, crescimento de 2,57%, o maior índice entre as cinco capitais do Nordeste analisadas pelo IBGE, logo à frente de Aracaju (1,98%), a segunda colocada neste quesito.

Conforme o IBGE, o setor de transportes foi o principal responsável pelo recuo do IPCA de Fortaleza em maio, tendo em vista que caiu 2,41% no período. Ao todo, seis dos nove setores analisados pelo Instituto registraram deflação na Capital, completando a lista habitação (-1,45%), vestuário (-0,34%), despesas pessoais (-0,06%), comunicação (-0,06%) e educação (-0,02%). A maior alta, por outro lado, ocorreu no segmento de alimentação e bebidas, um dos mais demandados na pandemia, que subiu 0,72% em maio.

Nacionalmente, assim como ocorreu em abril, o resultado do grupo transportes foi influenciado pela variação nos preços dos combustíveis (-4,56%). O maior impacto sobre o índice do mês foi negativo e veio, novamente, da gasolina (-4,35%), cuja queda foi menos intensa que a registrada em abril (-9,31%). O etanol seguiu o mesmo movimento, com variação de -5,96% em maio frente aos -13,51% de abril, enquanto o óleo diesel (-6,44%) apresentou resultado próximo ao do mês passado (-6,09%).

Ainda no País, a queda de 0,38% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio, ante recuo de 0,31% em abril, foi a menor variação mensal desde agosto de 1998, quando recuou 0,51%. "Essa é a segunda maior deflação do Plano Real", frisou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.

No período, a queda de 27,14% nos preços das passagens aéreas deu a principal contribuição para a deflação de 0,45% registrada pelos serviços no IPCA. Em abril, a inflação de serviços foi de 0,25%. "A deflação de serviços foi puxada por passagens aéreas e outros serviços que continuam em queda, ligados a turismo, como hospedagem e pacotes turísticos", ressaltou.

Já os preços de bens e serviços monitorados pelo governo passaram de uma redução de uma deflação de 2,06% em abril para recuo de 1,02% em maio. "Os combustíveis caíram menos que no mês anterior. A energia elétrica também caiu menos", justificou Kislanov. (Com Agência Estado)