Cobrança pesada: Mancha Verde critica gastos, planejamento e discurso de Abel no Palmeiras
Em nota nas redes, a organizada fez cobranças individuais e acusou Leila Pereira de "destruição" à estrutura deixada em gestão anteriores
09:52 | Dez. 08, 2025
Uma nota oficial da Mancha Verde, neste fim de semana, expôs o descontentamento da principal organizada do Palmeiras com o planejamento esportivo conduzido por Leila Pereira, Anderson Barros e Abel Ferreira para 2025. Em tom crítico, o comunicado reuniu cobranças administrativas e ao uso de recursos, além da responsabilização nominal pela temporada sem títulos.
No texto “Planejamento 2025: os culpados — Leila, Barros e Abel”, a torcida afirmou que o investimento de R$ 700 milhões em reforços “impõe responsabilidade máxima” e alegou que a diretoria errou na condução das contratações. A organizada citou Carlos Miguel, Vitor Roque, Paulinho e Andreas Pereira como apostas justificáveis, mas sustentou que o restante das chegadas seguiu um modelo voltado à revenda.
Segundo a nota, “pagaram-se valores milionários como se fossem atletas prontos, não promessas”, e a opção por jovens estrangeiros contrariou a lógica de apostar na base. O grupo apontou Lucas Evangelista como exceção entre os reforços, ressaltando que o meio-campista “vinha justificando o investimento”.
Falhas estruturais
O comunicado ainda relacionou os resultados de 2025 às falhas estruturais da gestão Leila Pereira. A organizada afirmou que “os resultados da temporada não foram obra do acaso” e atribuiu eliminações e vice-campeonatos a um planejamento conduzido por “uma presidente que não entende de futebol”.
Abel Ferreira também figura como um dos responsáveis, mencionado como “um treinador inconsequente” na nota. Além da dupla, Anderson Barros é citado como “um diretor de futebol fraco”.
A nota alega que o atual sistema “destrói” a estrutura sólida deixada pelos antecessores de Leila Pereira, os ex-presidentes Paulo Nobre e Maurício Galiotte. Responsabilizando o trio por tal desmantelamento.
Mancha Verde faz menções individuais
A nota se encerra com outra leva de responsabilidades particulares. Em um trecho, a organizada acusa Leila Pereira de buscar “notoriedade e reconhecimento público”, além de uso pessoal do dinheiro para “comprar tudo o que queria no clube”.
No trecho em questão, Anderson Barros surge como vilão por negociações “mal conduzidas” e por “pagar valores absurdos em atletas que não corresponderam”. Abel Ferreira, por fim, foi cobrado por coerência e desempenho.
A organizada se estendeu no trecho referente ao técnico, questionando-o, sobretudo, por declarações ao longo da temporada. “O futebol que o time apresenta, pelo que se gastou, não condiz com o salário que você recebe”, escreveu a torcida.
A nota se encerra com cobranças ao clube pelos equívocos no planejamento de 2025. Além disso, reitera que a diretoria deve se responsabilizar pelo uso de quase R$ 700 milhões, em contraste com a estrutura de gestão anteriores.