Reajuste do gás de cozinha deve ter impacto de 0,11 pp no IPCA, diz consultoria
No IPCA, o gás de cozinha tem participação de 1,17% e, no dado de fevereiro, a variação apurada ficou negativa em 0,84%. No ano, o item tem queda de 0,39% e em 12 meses, alta de 2,39%, que está aquém da taxa positiva de 4,76% do IPCA em 12 meses terminados em fevereiro.
A despeito do aumento, válido a partir de terça-feira, o economista mantém a previsão de alta de 4,00% para o IPCA de 2017, pois acredita que a trajetória para a inflação ainda é cadente. Segundo ele, outros alívios de preços podem compensar o reajuste ao longo do ano. "Talvez tenhamos algum outro efeito, só que benigno, que ajude a equilibrar", afirma.
Ainda que continue apostando na desaceleração do IPCA, França Costa chama a atenção para as dúvidas em relação ao comportamento dos preços de energia, diante da falta de chuvas em algumas partes do País. "A previsão é de alta em energia, por causa da demanda, em razão da seca em algumas regiões. Já estamos com bandeira amarela e pode até ser que mude para a rosa", diz, completando que, por ora, não vê a possibilidade de volta da bandeira verde (sem cobrança extra aos consumidores).
A bandeira vermelha foi dividida em dois patamares: o 1, chamado de "bandeira rosa", com cobrança extra de R$ 3,00 para cada 100 quilowatts/hora consumidos e o patamar 2, de cor vermelha, que mantém o valor de R$ 4,50 por 100 kWh. Já a amarela adiciona na conta R$ 2 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.