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Governo do Estado faz na auditoria na folha de pagamento

17:00 | 25/02/2017
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Jocélio Leal 


O Governo do Estado está fazendo uma auditoria na folha de pagamento de ativos e inativos. O trabalho de investigação está a cargo da Delloite. Em uma folha de (pasmem!) 64 mil funcionários ativos e outros 78 mil entre aposentados e pensionistas, é sabido do tamanho do risco de furos. A auditoria está sob a guarda de Maia Júnior, o secretário do Planejamento e Gestão que assumiu há 15 dias úteis.


A Delloite já estava contratada quando ele assumiu e veio bem a calhar nesta fase. O secretário não considera impossível haver, por exemplo, duplicidades ou outras anomalias graves. Há cerca de três décadas, quando assumiu o Governo em primeiro mandato (1987-1990), Tasso Jereissati eliminou uns 20 mil contracheques duplos.

 

Aliás, naquele tempo, mesmo pós-expurgo, Maia diz que havia 110 mil funcionários. Ele segue a receita. Depois do rastreamento dos servidores, o Estado vai esmiuçar as despesas com terceirizados. O primeiro alvo serão as cooperativas médicas. Em seguida as Organizações Sociais (OS).


E a receita inclui uma novidade. Maia vai criar a figura do controller para cada centro de custo do Governo. Um técnico para cada conta de custeio corrente. Semelhante ao que já faz a Secretaria da Fazenda com a receita e a dívida. A propósito, um dos alvos da Seplag serão as empresas públicas. Maia Jr. avalia ser importante reforçar o controle na administração indireta.

 

AÇO


Eficiência é o que resta à siderurgia

[FOTO1]

Ainda terá de ter o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o órgão anti-truste do Brasil, mas a ser confirmada a união de Votorantim e ArcelorMittal em aços longos, cria-se um concentração no Brasil. O mercado nacional de vergalhões, arames e tarugos, ou seja, os produtos longos ficará praticamente dividido entre dois players: Arcelor e Gerdau. Pelo acordo, a Votorantim Siderurgia se torna subsidiária da ArcelorMittal Brasil e a Votorantim passa a ser minoritária na ArcelorMittal Brasil.


O movimento acontece em meio a um cenário de fragilidade do setor. O mercado internacional do aço ainda enfrenta o excesso de capacidade de produção. A China segue como o dragão ser enfrentado. Metade das 780 milhões de toneladas excedentes de capacidade instalada de aço no mundo está na China.


No posto há cerca de 120 dias, o novo presidente da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), Eduardo Parente, lida com a aridez do semi-árido - os poços estatais aliviam a tensão com a seca - e com o câmbio desfavorável às exportações.Mas as adversidades têm uma utilidade. Valorizam o trabalho dos gestores. O foco dele tem sido a eficiência. Tudo isto em fase de transição no comando da Vale, após confirmada a saída em maio próximo do presidente Murilo Ferreira.

 

ITAPIPOCA


Os videomakers do Magazine Luiza


Quem não viu, é só por no Youtube: Magazine Luiza Itapipoca. No vídeo, vendedores da filial da terra de Tiririca encenam um roteiro hilário no qual não falta gente dentro de um armário, escondida sobre uma cama ou “jogada” de um sofá. A Coluna procurou Luiza Trajano, a presidente da rede. “Esse vídeo de Itapipoca é só mais uma prova dessa estratégia que já podemos dizer que é campeã”. Luiza fala da ideia de há um ano dar ok para que os vendedores produzam e postem à vontade. ”Essa foi uma estratégia de marketing nossa, confiando em nossos gerentes e vendedores a fazerem anúncios de suas lojas e divulgarem no Facebook, sem nenhuma curadoria de áreas de marketing etc”.

 

JOGO RÁPIDO

 

POLÍCIA. O Governo cearense acompanha atento as movimentações de PMs no vizinho Pernambuco, onde manifestações ilegais ameaçam o Carnaval. Por aqui, aparentemente, sem açodamento algum.


MERCADO DE ROUPAS


Restoque fecha lojas

A anunciada intenção do grupo Restoque de fechar pelo menos 20 lojas este ano – não há nenhuma informação sobre as praças – e mais a demissão de um centena de executivos é efeito do plano de recuperação da empresa. O grupo controla marcas como Le lis Blanc, Dudalina, Bo. Bô., John John e Rosa Chá. No ano passado, o preju chegou a R$ 61,6 milhões, contra uma perda de R$ 17,2 milhões no ano anterior.

 

MODA É SONHO


NÚMERO ERRADO. Quem conhece a história da rede tem um feeling. Quando uma empresa de varejo que vende moda e sonho direciona suas energias para números, ela perde sua razão de ser. Fica parecendo caminho sem volta. E quem conhece os donos sabe que os rapazes entendem de gestão, mas não de moda. E como moda não é commodity, como arroz, acabam por queimar as marcas. Desde 2009, as lojas foram compradas pelo fundo de investimentos Artesia.

 

Horizontais

* UMA A UMA. Depois que assumiu a Seplag, o secretário Maia Júnior já visitou a grande maioria das quase três dezenas de secretarias do Estado. Nem ele sabe de cor a quantidade exata. Mas lembra que faltaram meia dúzia. * UM A UM. Em tempo: Maia diz que tem estado com o governador Camilo Santana toda semana. * PDG. A situação cambaleante da incorporadora PDG, cuja dívida com os bancos chega a R$ 3,3 bilhões, não tem impacto direto no Ceará. Por aqui, ela chegou a comprar dois terrenos, fez os pré-lançamentos, mas não tendo obtido sucesso, vendeu e deu adeus. Menos mal. Na Bahia o problema é seriíssimo. Muita unidade por ela ofertada.

* PDG 2. Uma comparação ajuda a entender por que é mais seguro lidar com as construtoras cearenses, a maior parte pequenas e médias. Caso estes R$ 3 bi devidos estivessem emprestados a 300 empresas pequenas e médias,

com uns R$ 10 milhões para cada, o prejuízo seria menor. Mas, movidos pelo apetite desmedido, os bancos preferem reduzir o custo administrativo de lidar com 300. Fica tudo bem enquanto a relação flui. Mas quando atola afunda mais.

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