Você já deve ter ouvido falar em assexuais, pessoas que têm pouca ou nenhuma atração sexual por outras.
Mas você sabe o que são pessoas arromânticas? Uma dica: esses termos não são sinônimos.
Uma pessoa com orientação da arromanticidade é alguém que sente pouca ou nenhuma atração romântica.
Essa definição de sentir pode parecer estranha no início, mas é mais comum do que se imagina.
Por não terem sentimentos românticos, essas pessoas sentem de forma diferente das expectativas sociais.
Há um desinteresse quanto aos relacionamentos românticos, às vezes até uma aversão.
Um dos mitos mais associados às pessoas arromânticas é o de que elas não são capazes de amar.
Mas ser uma pessoa arromântica não impede alguém de ter relações profundas, namorar e até casar.
Esse relacionamento só precisa estar baseado em outros aspectos e as partes concordarem.
Apesar de ser vista como fria, incapaz de amar e insensível, essa é apenas uma forma de amar.
A diferença é que não sentem borboletas no estômago, muito menos dor de cotovelo...
Não é uma doença ou distúrbio. O tratamento psicológico ajuda a sentir conforto e compreensão.
Assim como outras relações românticas e sexuais, a pessoa não escolhe, ela nasce assim.
Na sigla LGBTQIA+, o 'A' engloba esses dois espectros, mas eles não têm o mesmo significado.
A arromanticidade fala da ausência de vínculo afetivo e a assexualidade fala da ausência de desejo.
Para saber exatamente em qual espectro alguém está quando se diz arromântico, é preciso perguntar.
Ela pode ou não sentir atração sexual. Fazer sexo (ou sentir desconforto) é particular/individual.
E essa orientação pode evoluir com o tempo — ou seja, ter um passado romântico não muda nada.
Encontrar uma linguagem de expressão do amor que contemple quem você é pode ser libertador.
Karyne Lane
Regina Ribeiro
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