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Tom político e repertório de clássicos fazem show de Milton Nascimento no Festival Vida&Arte

Os maiores sucessos com roupagem política e atual encheram os corações de novos e velhos apaixonados por Bituca
00:56 | Jun. 24, 2018
Autor Lucas Braga
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Lucas Braga Repórter do O POVO Online
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Tipo Notícia

[FOTO1]Milton Nascimento foi a grande atração musical deste sábado, 23, terceiro dia de Festival Vida&Arte. O palco Rachel de Queiroz ficou cheio de palmas e olhares emocionados da plateia-coro que entoou os maiores sucessos da carreira do cantor de 75 anos.

Com roupagem política e atual, as canções encheram os corações de novos e velhos apaixonados por Bituca.

O show "Semente da Terra", aberto pelo poeta cearense Bráulio Bessa, foi dedicado à força dos índios Guarani-Kaiowá. Milton foi batizado como Ava Nhey Pyru Yvy Renhoi (Semente da Terra), uma honraria rara para um não-indígena, em 2010.

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[SAIBAMAIS]

O cantor falou de racismo e homenageou Marielle Franco, vereadora assassinada a tiros no Rio de Janeiro, em março, junto ao motorista Anderson Gomes.

"Cio da Terra", "Travessia" e "Caçador de Mim" foram alguns dos hits intercalados por Milton com excertos de Bertold Bretch e Adélia Prado.

"Tá tudo aqui nesse show. (O repertório) representa tudo; por que não dizer as pessoas de todo o mundo? Aqui estão os discos, as músicas e os sonhos", celebrou Milton, durante o show.

Emoção 

Concentrado e um pouco interativo, Milton se mostrou jovem à plateia. Os falsetes característicos %u200Bforam mostrados em suave transição e%u200Bntre registros vocais".

Ele fez o público dançar ao som de "Maria Maria" e chorar com "Canção da América", contudo a interpretação mais empenhada foi de "Clube da Esquina II".

"Viva os Guarani Kaiowá e todas asminorias do Brasil. Que o povo continue sonhando!", convidou Milton.

Ao O POVO, o artista defendeu a força da música para levar a ações diretas. “Importante dizer também que um dos objetivos da turnê é conseguir um grupo de doadores/colaboradores para uma escola de música indígena no município de Caarapó, no Mato Grosso do Sul”, explica.

O show é consequência das três ultimas turnês de Milton: Uma Travessia - 2012, Linha de Frente — em parceria com Criolo em 2014 —, e o show Tarde, realizada em 2015. 

A tour tem direção artística de Danilo “Japa” Nuha, direção musical de Wilson Lopes (que também toca guitarra e violão), acompanhado de Beto Lopes (sete cordas), do baterista Lincoln Cheib, do contrabaixo de Alexandre Ito, dos vocais doces e fortes de Barbara Barcellos, do piano de Kiko Continentino e dos metais de Widor Santiago.

 

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