Fim do RPM: Paulo Ricardo vence processo contra Fernando Deluqui

Em uma briga pelos direitos autorais da banda RPM, justiça acata pedido do ex-vocalista Paulo Ricardo para encerrar as atividades do grupo de rock

Recentemente, a Justiça de São Paulo atendeu aos pedidos judiciais do ex-vocalista da banda RPM, Paulo Ricardo, para impossibilitar o guitarrista Fernando Deluqui de utilizar o nome da banda de rock nacional para realizar shows.

Em 2017, Paulo Ricardo se desligou do RPM, restando apenas o guitarrista Fernando Deluqui da formação original.

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Fernando, dando continuidade ao nome da banda, se juntou a três novos parceiros e voltou a fazer shows usando o nome do RPM Brasil afora.

Entenda a briga entre os ex-RPM Paulo Ricardo e Fernando Deluqui

Paulo Ricardo se posicionou contra a iniciativa de Fernando Deluqui, alegando que esta nova formação do RPM é uma “banda cover”.

“Muitos fãs e consumidores acabam por ser enganados”, afirmou o ex-vocalista à Justiça. “Acreditam adquirir ingressos e produtos do RPM quando, na verdade, é de outra banda”, complementa.

O pedido de Paulo Ricardo ao judiciário, para encerrar com as atividades da “nova RPM”, se faz no intuito de preservar a memória que a banda criou no imaginário dos fãs brasileiros.

Dando razão ao cantor, a juíza Luciana Alves de Oliveira afirma que a atual banda está "absolutamente desfigurada e que isso implica em clara desvalorização da marca".

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Fernando Deluqui se pronuncia em defesa do uso do nome RPM

Apesar das alegações do vocalista, Fernando afirma que Paulo Ricardo foi excluído anteriormente da banda por descumprir contratos e acordos judiciais com os demais integrantes, além de, segundo o guitarrista, sempre ter se mostrado “individualista”.

"A bem da verdade Paulo Ricardo, desde a fundação da banda, sempre teve como foco principal o individualismo e sua carreira solo e nunca teve o mesmo espírito de grupo que os demais integrantes", confronta Fernando Deluqui.

Além disso, o guitarrista do RPM reforçou que sua retomada das atividades da banda não está fora da lei e dos regulamentos. Em um documento assinado em 2011 por todos os membros, está registrado “a continuidade da banda mesmo com a saída, voluntária ou não, substituição ou exclusão de qualquer dos seus integrantes".

Após morte de membros, formação original da RPM era composta por Paulo Ricardo e Fernando Deluqui

Fernando rebate as acusações de estar “enganando o público”, visto que sempre deixou claro que a banda está sendo composta por novos integrantes e não utilizaram a imagem dos outros ex-membros para divulgação das atividades.

"Alteração na formação de bandas de rock, nacionais ou internacionais, é algo muito corriqueiro e, por óbvio, as bandas prosseguem com suas atividades e com os nomes pelos quais são conhecidas, sem que isso possa representar qualquer conduta enganosa em relação a seus fãs e ao público em geral", declarou.

O guitarrista Fernando Deluqui era o único membro remanescente da formação original da RPM. Formada em 1984, a banda de rock perdeu dois dos integrantes fundadores, baterista Paulo Pagni, em 2019, e o tecladista Luiz Schiavon, em junho de 2023. Já o vocalista Paulo Ricardo deixou a banda em 2017.

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