100 anos de Piazzolla: Músico que revolucionou o tango é homenageado pelo Google

O músico argentino, Astor Piazzolla, revolucionou o tango incorporando jazz e música clássica ao ritmo

Astor Piazzolla, compositor e músico argentino é homenageado pelo Google, nesta quinta-feira, 11. Piazzolla revolucionou o tango e foi considerado um dos maiores artistas do século 20. Se estivesse vivo, hoje seria seu aniversário de 100 anos.

Com seu bandonéon, instrumento semelhante a um acordeão, Piazzolla estampa o Google Doodle, ferramenta que altera temporariamente o logotipo nas páginas iniciais do Google com o objetivo de comemorar feriados, eventos, conquistas e figuras históricas notáveis.

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A ilustração foi criada pelo artista José Saccone, que vive em Buenos Aires. No blog oficial dos Doodles, ele conta que escutava as músicas de Piazzolla enquanto fazia o desenho. "Amo a música de Piazzolla desde criança. Ele teve o talento e a coragem para reinventar o som do tango em uma época muito conservadora. Acho que a única maneira de fazer algo tão ousado é acreditar apaixonadamente no seu trabalho. E ele fez isso de forma espetacular”, disse Saccone ao blog.

O músico nasceu em Mar del Plata, Argentina, no ano de 1921. Durante a infância e adolescência, viveu em Nova York, onde começou seu interesse pela música. Ainda criança ganhou seu primeiro bandonéon e aos 11 anos escreveu o primeiro tango.

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Ao retornar para a Argentina, em 1937, o tango tradicional ainda reinava. Ele passou a estudar música clássica e fez parte da orquestra de Anibal Troillo, tocando em 1952 no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. No mesmo ano, sua "Sinfonietta para Orquestra de Câmara Opus 19" foi escolhida como melhor obra erudita pela crítica argentina.

Os prêmios conquistados renderam a Piazzolla uma bolsa de estudos do governo francês. Em Paris, ele estudou com Nadia Boulanger, compositora francesa de música erudita. Anos depois, o músico contou em entrevistas que Nadia o ajudou a se encontrar. "Foi como estudar com minha mãe", disse ele.

Em 1955, ele retornou ao país natal e formou sua banda, o Octeto Buenos Aires. Incorporando elementos do jazz e da música clássica, ele fundou o “novo tango”. Suas composições mais famosas são "Libertango" e "Adiós Nonino", sendo tocadas por orquestras do mundo todo.

Piazzolla faleceu no dia 4 de julho de 1992, em Buenos Aires, devido a uma hemorragia cerebral. "Tenho esperança de que minha obra será ouvida em 2020. E no ano 3000 também. Às vezes tenho certeza disso, porque a música que faço é diferente... Terei um lugar na História, como Gardel... Minha música pode agradar ou não, mas ninguém pode negar que ela é boa: é bem orquestrada, é nova, é deste século, e tem o perfume do tango, que é o que a torna atraente no mundo inteiro", disse Piazzolla, dois anos antes de sua morte.

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