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Celebração do orgulho LGBTQIA+ ganha as redes em postagens políticas e lives artísticas

Iniciativas virtuais lembraram a data que é um marco na luta pelos direitos e igualdade. No Brasil, a maioria das iniciativas foi virtual, enquanto alguns poucos países realizaram marchas

A luta das pessoas LGBTQIA+ nasce nas ruas, cenário principal da Rebelião de Stonewall. O marco histórico dessa conquista de direitos ocorreu em 28 de junho de 1969 em Nova York quando um grupo de travestis e drag queens fizeram um levante contra a violência policial LGBTfóbica. De lá para cá, foi também nas ruas, ao redor do mundo, que direitos conquistados eram celebrados e novas demandas reivindicadas. No contexto da pandemia mundial do novo coronavírus, a maioria das manifestações pelo Dia do Orgulho LGBTQIA+ se deu nas redes sociais, caso do Brasil. Em países com a situação sanitária mais controlada, houve registros de marchas coletivas.

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Em Fortaleza, coletivos e grupos lembraram a data em lives. O coletivo artístico As Travestidas, por exemplo, promoveu programação ao longo da semana debatendo diversos temas relacionadas à sigla e, neste domingo, encerrou a celebração com entrevista com o fundador do grupo, o ator Silvero Pereira, além de ter contado com performances de integrantes do coletivo.

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Nas redes sociais, políticos de diferentes partidos também destacaram a luta pela igualdade. Em série de postagens no Twitter que faziam referência à pesquisa DataFolha divulgada hoje, que mostra que 75% dos brasileiros apoiam o regime democrático, o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia lembrou da data. O cearense e ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) reforçou a necessidade de “lutar e resistir pela vida, pelo amor”.

Outra candidata à presidência das eleições de 2018 que celebrou a data com postagem foi Marina Silva (Rede). A ex-senadora afirmou que ouvir as demandas da comunidade LGBTQIA+ é “dar mais um passo na construção de um mundo sem preconceitos, injustiça e discriminação”.

O presidente Jair Bolsonaro não fez nenhuma menção à data em posts das redes sociais, mas a conta do Instagram do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos compartilhou conteúdo relacionado ao Dia do Orgulho. Na postagem, foi reproduzida uma fala da ministra Damares Alves. "Os principais lemas deste governo são 'ninguém fica para trás' e 'nenhum direito a menos', e isso inclui a população LGBT. Seguimos na busca de garantir proteção aos mais vulneráveis", afirmou a titular.

 
 
 
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A cantora Iza publicou uma série de posts no Twitter relacionados à data, trazendo dados históricos, compartilhando uma playlist formada só por músicas de artistas LGBTQIA+ e estimulando os fãs a contarem histórias de aceitação. 


Mais de 30 associações e entidades LGBTQIA+ do Brasil promoveram ao longo do dia o Festival de Cultura e Parada Online do Orgulho LGBTI Brasil. A live contou com apresentações artísticas, como da artista performática Jane di Castro, e discursos como o do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso. “O que vale na vida são os nossos afetos, os valores que a gente escolhe e os prazeres legítimos. Vamos desfrutar a vida porque a gente está aqui pra ser feliz. Desejo uma linda parada, neste ano ainda virtual”, afirmou o ministro em vídeo enviado à transmissão.

Além de Barroso, também houve falas de dirigentes de diferentes entidades e órgãos, como a Organização das Nações Unidas e embaixadas e consulados estrangeiros no País. A subprocuradora-geral do trabalho Maria Aparecida Gurgel também enviou discurso que aproveitou para fazer um alerta sobre a importância de denunciar discriminação.

Saindo da seara política, foram muitas as iniciativas artísticas e culturais que lembraram da data em lives transmitidas pelo Brasil e mundo. Um dos principais nomes recentes da comunidade LGBTQIA+, a cantora Pabllo Vittar realizou a live “Pride with Pabllo & Friends”, que reuniu artistas internacionais. Daniela Mercury foi outra que também comemorou o orgulho em live neste domingo.

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Mundialmente, a movimentação pelo orgulho se equilibrou entre manifestações virtuais e encontros presenciais. Em Berlim, a polícia estimou que cerca de 3.500 marcharam sob uma temperatura próxima dos 30 graus. Taiwan também teve uma parada pelo orgulho, já que conseguiu controlar a pandemia. Máscaras com o arco-íris eram vistas aos montes no evento.

A London Pride, de Londres, foi oficialmente cancelada por conta do novo coronavírus e eventos online deram o tom da celebração. No entanto, houve manifestações menores e pontuais de forma física, como a que juntou um pequeno grupo de ativistas que comemoram os 50 anos da Frente de Liberação Gay de Londres. Nos EUA, o ex-presidente Barack Obama postou vídeo lembrando a rebelião de Stonewall. Na França, a Marcha do Orgulho Gay em Paris foi adiada para novembro, mas associações e publicações propuseram uma alternativa online composta por apresentações musicais e mesas-redondas. (com agências)

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