Artigo: um estudante e seu ponto de vista acerca da formação

Caio Joca é estudante de Sistemas de Informação e nos escreve, sob o ponto de vista do acadêmico, sobre formação e mercado.

*por Caio Joca, estudante de Sistemas de Informação.

Com a crescente digitalização dos processos de negócios e a aceleração do desenvolvimento tecnológico, o real escopo da tecnologia da informação tornou-se inabarcável pela formação acadêmica dos profissionais recém-ingressos no mercado de trabalho. Praticamente, as habilidades e conhecimentos requeridos por cada área são desenvolvidos autodidaticamente, através de cursos específicos ou da experiência com outros profissionais já estabelecidos, resultando numa demanda não só por capital humano, mas também pela capacidade técnica e de adaptação destes profissionais.

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Assim, o estudante estagiário ou profissional recém-formado tende a sentir-se desnorteado ao escolher dentre tantas possibilidades de atuação, pois além do escopo do mercado de tecnologia atual há também a profundidade do conhecimento técnico referente à subárea escolhida. Não é suficiente ser um generalista; é necessário especializar-se e mesmo dentro de uma especialidade é comum encontrarmos subespecialidades como o domínio de ferramentas ou frameworks específicas. À parte a complexidade do mercado de tecnologia, temos que os sistemas de informação, por envolverem desde a infraestrutura até o software, geram uma relação de interdependência entre os profissionais.

Por exemplo, programadores não necessariamente têm o conhecimento necessário de segurança da informação para entender como funcionam algumas vulnerabilidades, o que pode acarretar um código-fonte perfeitamente adequado no tocante aos requisitos funcionais e não-funcionais mas potencialmente inseguro quando analisado por um especialista em desenvolvimento de software seguro. Esse tipo de exemplo pode ser transposto em cenários diversos e demonstra muito bem o desafio técnico enfrentado pelas empresas a fim de garantir a qualidade do serviço que oferecem.

É muito comum que ocorra uma terceirização de especialidades; possuir internamente o capital intelectual necessário para manter adequadamente um sistema de informação está se tornando cada vez mais raro. Nessa realidade acaba também sendo comum que os profissionais exerçam funções que extrapolam suas especialidades. O mercado de tecnologia está sim repleto de oportunidades, mas não é suficiente atender os requisitos de uma vaga; é necessário se especializar e manter-se em constante atualização numa área em que é constante o surgimento de novas técnicas e soluções enquanto outras tornam-se obsoletas.

O profissional que estagna tecnicamente não apenas inibe o potencial da tecnologia da informação dentro do seu contexto, mas representa também um risco de segurança simplesmente por não acompanhar, por exemplo, publicações sobre vulnerabilidades encontradas nas soluções que implementa.

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