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Após banir o TikTok, Índia estuda expulsar outros 275 aplicativos chineses do País

O foco de expulsão tem empresas como a Xiaomi e até mesmo companhias com ações em grupos chineses, como a SuperCell. Recentemente, outros 49 aplicativos foram expulsos dos dispositivos móveis do país.
10:57 | Jul. 28, 2020
Autor Redação O POVO
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Quase um mês após banir o TikTok e outros 58 aplicativos da Índia, o governo local estuda outros 275 nomes para efetuar um bloqueio futuro. Divulgada pelo jornal indiano The Economic Times, a lista é provisória, mas o País vem investigando a fundo os apps e consideram que o processamento das informações obtidas através dos aplicativos por empresas chinesas podem ameaçar a soberania nacional. As informações são do portal Canaltech.

Um deles é o famoso jogo de battle royale PlayerUnknown's Battlegorund (PUBG). O País responde por cerca de 24% do número de instalações do jogo, segundo informações da consultoria de dados Sensor Tower. Embora tenha sido desenvolvido por norte-americanos, o jogo é gerenciado pela chinesa Tencent.

A empresa é uma das que está na mira do Governo, junto a outras como a Xiaomi, a ByteDance - gerenciadora do TikTok - e até mesmo empresas europeias que estão sob suspeita, como é o caso da SuperCell. A finlandesa tem participação acionária de grupos chineses e um dos jogos da empresa, Clash of Clans, também foi banido do país. A plataforma de comércio eletrônico AliExpress também está entre as opções de proibição do governo indiano.

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Recentemente, outros 49 aplicativos foram expulsos dos dispositivos móveis do País. No entanto, segundo o jornal India Today, os apps eram versões falsificadas ou alternativas para as ferramentas já barradas anteriormente, como o TikTok Lite, SHAREit Lite e BIGO LIVE Lite.

Mas, afinal, por quê?

Motivações diplomáticas são a causa dos banimentos de aplicativos chineses por alguns países. Na Índia, o sentimento foi impulsionado após brigas entre soldados dos dois países na região de fronteira do Himalaia no último dia 15 de junho. O embate deixou mortos e foi o primeiro evento em mais de quatro décadas na disputa pela fronteira reivindicada pelos dois gigantes asiáticos.

Outro país que também vem cogitando bloquear aplicativos chineses é os Estados Unidos. O motivo nesse caso não tem origem militar, mas segue a mesma linha de promoção da "segurança nacional". O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, declarou na última segunda-feira, 6, que os Estados Unidos "consideram" proibir aplicativos de redes sociais chineses, incluindo o TikTok, sob suspeita de que Pequim os use para espionar seus usuários.

Um fato curioso que envolve a rede social de vídeos curtos e o país estadunidense foi a de uma possível sabotagem de um evento eleitoral de Trump. De acordo com o jornal The New York Times, os usuários do serviço chinês e fãs de bandas de pop coreanas afirmaram ser as responsáveis pelo fiasco do evento.

Logo depois de a equipe eleitoral convidar a todos a se registrarem telefonicamente para obter um ingresso gratuito, os fãs do K-Pop conclamaram seus seguidores a aceitarem a oferta – mas ficando longe do comício. Em seguida, a iniciativa foi adotada também no TikTok, onde vídeos explicavam como proceder para reservar as entradas. 

A equipe eleitoral contava com a presença de cerca de 100 mil adeptos e o próprio bilionário anunciara no Twitter que "quase 1 milhão de pessoas" haviam solicitado ingressos para o evento gratuito. Por isso, Trump programara um discurso de consolo para os que não conseguiram entrada, a ser dito diante do estádio. Essa parte do programa foi cancelada, pois a praça em que se instalara um telão e um palco estava praticamente deserta. E também no BOK Center, com capacidade para 19 mil espectadores, fileiras inteiras estavam vazias.

 

 

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