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Primeiro presidente do Facebook afirma que site atua em cima da fraqueza psicológica humana

A rede, na visão de Parker, precisa proporcionar com certa frequência algum tipo de dopamina, substância responsável por sensações de prazer e satisfação
18:32 | Nov. 10, 2017
Autor O POVO
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O primeiro presidente do Facebook, Sean Parker, na época em que a "sede" do site era um dormitório universitário, afirmou em uma entrevista concedida ao site Axios que um dos motivos que fazem com que a plataforma tenha tanto sucesso é a sua atuação em cima de uma fraqueza da psicologia humana. A informação é do UOL.

Parker diz que os fundadores sociais questionam-se "qual a melhor maneira de fazer você consumir o máximo possível do seu tempo e sua atenção?". Para manter os usuários conectados à rede, o Facebook precisa proporcionar com certa frequência algum tipo de dopamina, um neurotransmissor responsável pelo sistema de comportamento motivado por recompensa.

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Em termos práticos, isso é causado pelas curtidas em postagens ou em fotos de usuário, o que faz os perfis contribuírem com mais conteúdos, que levarão as pessoas a mais curtidas e comentários, estabelecendo-se, portanto, "um loop de resposta de validação social". "É o tipo de solução que hackers, como eu, usamos, pois você está explorando uma vulnerabilidade psicológica humana", explica.

As atenções de Parker, agora, são voltadas para uma instituição que atua no combate ao câncer. Ele demonstra preocupação com a influência e os efeitos da rede social nas pessoas e na sociedade. Conforme ele, o Facebook muda a relação que se tem com a sociedade, atrapalha a produtividade, além dele também considerar a possibilidade de danos ao cérebro das crianças.

Além do Facebook, outro grande projeto que Parker participou foi na fundação do Napster, uma plataforma de compartilhamento de música digital que depois seria fechada sob acusação de pirataria.

A relação de Parker com o Facebook começou em 2004, ano em que ele conheceu Mark Zuckerberg e o apresentou a diversos investidores do Vale do Silício. Devido a sua influência, ele se tornou o primeiro presidente da empresa.

No ano de 2005 ele foi preso depois da polícia ter encontrado cocaína em seu apartamento. A pressão de investidores o levou a deixar o cargo.

Hoje ele é filantropo e investidor do serviço de streaming de música Spotify.

 

Redação O POVO Online

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